quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Leci Brandão e a luta contra a desigualdade

Descrição para cegos: imagem de Leci Brandão sorrindo, em frente a um microfone de estúdio e usando fones de ouvido. 
Por Luana Silva

Leci Brandão nasceu no Rio de Janeiro, em 1944. Considerada um dos principais nomes do samba no Brasil, a cantora e compositora é também uma grande figura no ativismo contra o racismo e desigualdade.
De família humilde, desde muito cedo Leci Brandão conciliava trabalho e estudo para ajudar em casa. Em 1970, enquanto trabalhava na Universidade Gama Filho, participou de um concurso de música da instituição e conquistou o prêmio de artista revelação.
Em 1972, entrou para a ala de compositores da escola de samba Mangueira, tornando-se a primeira mulher a fazer parte desse importante setor. A partir desse episódio, sua carreira começou a despontar e, em 1975, assinou um contrato com a gravadora Marcos Pereira.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Como enfrentar o racismo institucional?


Descrição para cegos: capa do Guia de Enfrentamento do Racismo Institucional. Mostra o título da publicação, com as letras ‘R’ e ‘I’ em destaque.

O Geledés – Instituto da Mulher Negra – disponibiliza em seu site duas importantes publicações sobre o Racismo Institucional no formato de manuais: Racismo Institucional - uma abordagem conceitual e o Guia de Enfrentamento do Racismo Institucional. Têm como objetivo esclarecer sobre esse fenômeno enraizado nas instituições que discrimina negativamente e limita direitos da população negra. Além disso, mostra caminhos que governantes e gestores podem seguir para enfrentá-lo. Para ter acesso, clique aqui (Luana Silva)

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Orquestra Afro-Brasileira, história e legado

Descrição para cegos: capa do disco Obaluayê! Nela vemos os integrantes usando roupas brancas e colares. Tocando instrumentos de sopro e percussão, alguns em pé e outros sentados. Em cima, o nome do disco e abaixo o nome da orquestra.

Nos anos 40, o maestro Abigail Moura criou a Orquestra Afro-Brasileira que unia percussão, sopros, elementos ligados à cultura e às religiões de matriz africana. Com uma identidade única para a época, a Orquestra incluiu elementos que até então não se tinha visto, como percussões tradicionais relacionados à religião, além de instrumentos utilizados no jazz americano. O grupo era formado por músicos profissionais e amadores, e lançou apenas dois discos Obaluayê!, em 1957, e Orquestra Afro-Brasileira, em 1968. Para ler mais sobre a história de Abigail e da Orquestra, acesse aqui a matéria de Murilo Roncolato para o Nexo Jornal. (Taísa Fervie)

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Povo indígena do Uruguai busca por reconhecimento

Descrição para cegos: foto de um descendente do povo indígena Charrua. Visto de baixo para cima, ele aparece em pé, usando colar e um adereço com pena na cabeça. No fundo, vê-se a mata e fumaça.  

Segundo a história oficial do Uruguai, os índios foram exterminados em 1831. Isso contraria estudos e a afirmação do povo uruguaio, já que quase 5% da população declara descendência indígena. O Conacha - Conselho da Nação Charrua do Uruguai - formado por organizações e comunidades, busca o reconhecimento da população indígena, a ratificação da Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a visibilidade das suas demandas. Para saber mais sobre esse tema, acesse aqui a matéria do jornalista uruguaio Pablo Albarenga para o El País. (Taísa Fervie)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Representatividade negra importa?


Descrição para cegos: imagem de bordados de diferentes rostos negros, um deles está circulado por uma linha. 

Por que a representatividade negra na mídia é importante? O artigo Negros e mídia: invisibilidades, escrito pela jornalista Ana Claudia Mielke e publicado no Le Monde Diplomatique Brasil, responde a essa pergunta. O texto faz parte da série Racismo na mídia e na esquerda e traz reflexões sobre como a população negra é retratada nos meios de comunicação de massa. A autora avalia como isso é prejudicial para a autoestima do negro e contribui para a propagação do racismo e a exclusão. Leia o artigo completo aqui. (Luana Silva)

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Monumentos em tributos aos escravizadores

Descrição para cegos: foto da
estátua de Borba Gato. Nela
vemos a imagem de um homem
de barba, em cima de um pedestal,
usando chapéu, camisa de mangas
longas, gibão, calça e botas. Com a
mão esquerda, ele segura uma arma
de cano longo apoiada no chão.




Monumentos que homenageiam pessoas ou grupos que causaram danos a grupos étnicos estão gerando debates. Nos Estados Unidos tem se discutido a permanência ou não da estátua em tributo ao general Robert E. Lee, líder do Exército Confederado, que lutava pela manutenção da escravidão. No Brasil, o mesmo acontece com o monumento em reverência ao bandeirante paulista Borba Gato, em São Paulo, que no período colonial perseguia e escravizava índios. Para saber mais sobre questões simbólicas envolvendo a história e essas homenagens, acesse aqui o artigo da historiadora e antropóloga Lilian Schwarcz publicada no Nexo Jornal. (Taísa Fervie) 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Estereótipos da mulher negra por Nátaly Neri

Descrição para cegos: frame do vídeo. Nele Nátaly está no centro do palco e a frente dela uma plateia. No fundo, aparecem projeções de fotos dela ao lado de desenho de mulher elaborado com motivos tribais e o nome TEDxSãoPaulo.

Em vídeo publicado no canal TEDx Talks, a estudante de Ciências Sociais e criadora do canal Afro e Afins, Nátaly Neri, fala de sua vivência como mulher negra. A palestra aconteceu durante o evento TEDxSãoPaulo Mulheres que Inspiram. No vídeo, Nátaly aborda temas como preconceito, racismo e os estereótipos que são impostos às mulheres negras e o quanto eles prejudicam na aceitação de seus corpos. Para assistir, clique aqui. (Taísa Fervie)   

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Eugenia racial no Brasil e racismo estrutural


Descrição para cegos: imagem capturada do vídeo, onde aparece Ad Junior e, ao seu lado, a capa do livro “The inequality of human race”, de Arthur de Gobineau. 


Você sabia que o racismo já foi apoiado pela ciência e que existiram no Brasil políticas eugenistas que visavam “embranquecer” o país? O jornalista e ativista do movimento negro AD Junior fala sobre isso em seu canal no Youtube, o Des-coloniza-ndo. O vídeo Entendendo o Racismo Estrutural e a Eugenia no Brasil mostra como as políticas raciais brasileiras beberam na fonte de estudos eugenistas, como os de Arthur de Gobineau. Fala também sobre como isso colaborou para a marginalização dos negros. Assista ao vídeo completo aqui. (Luana Silva)

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Jogo conta histórias do povo indígena Huni Kuin


Descrição para cegos: página inicial do jogo. Nela se destaca um tronco de árvore no meio da floresta. No centro aparece o desenho de uma jiboia pronta para dar um bote, no estilo da tribo, e o nome do jogo “Huni Kuin”. 

Por Taísa Fervie

Huni Kuin: Yube Baitana (os caminhos da jiboia) é um jogo eletrônico que retrata a cultura do povo Huni Kuin (Kaxinawá), que habita a região do Rio Jordão, no Acre. O projeto foi desenvolvido de forma colaborativa por antropólogos, programadores, artistas e indígenas do povo Kaxinawá.
Nele, um casal de gêmeos, um jovem caçador e uma pequena artesã são concebidos em sonhos pela jiboia Yube. Eles buscam ultrapassar desafios para se tornarem respectivamente um curandeiro e uma mestra dos desenhos. Ao alcançarem seus objetivos, terão obtido conhecimentos de seus ancestrais, dos animais, das plantas e dos espíritos.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Cimi divulga relatório com dados sobre violência

Descrição para cegos: capa do relatório. Nela,  aparecem vários índios observando outro índio cavar um buraco, todos com expressão triste. Acima, lê-se o nome do relatório.


Em outubro, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgou o relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, com dados referentes a 2016. Nele, o Cimi apresenta informações e estatísticas sobre as violações sofridas pelos povos indígenas nesse período, como assassinatos, lesões corporais dolosas, racismo e discriminação étnico cultural, agressões contra o patrimônio, abuso de poder e omissão do poder público. Para ver esses e outros dados do relatório, acesse o arquivo neste link. (Taísa Fervie)

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Povos indígenas: 10 anos da Declaração da ONU


Descrição para cegos: foto de um índio com o rosto pintado, usando adereços. Em seu ombro, ele carrega um pedaço de pau onde uma arara está pousada. 


Em um artigo publicado no site Justificando, a advogada Adriane Secco fala como estão os indígenas no Brasil após 10 anos de Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. A autora destaca que, mesmo com esse documento e outros tratados, os índios continuam tendo seus direitos desconsiderados pelo poder público: o acesso a políticas públicas básicas ainda é restrito e seus territórios são tomados até sem consulta ou audiência pública para ouvi-los. Leia o artigo completo aqui. (Luana Silva) 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Kunumi MC - rapper, escritor e ativista indígena

Descrição para cegos: foto de Kunumi em uma floresta, usando um cocar e colares indígenas. Na parte esquerda da imagem, aparece o rosto dele desfocado. No centro, seu nome e título da música “O Kunumi Chegou”.

Por Taísa Fervie

Rapper, escritor e ativista das causas e direitos indígenas, o adolescente Werá Jeguaka Mirim é da aldeia Krukutu, zona sul de São Paulo. De etnia guarani m’byá, usa o nome artístico Kunumi MC.
        Ainda na infância, Kunumi publicou dois livros. O primeiro, Kunumi Guarani, narra sobre sua casa, brincadeiras e o seu dia a dia na aldeia. Já nos Contos dos Curumins Guarani, ele apresenta oito histórias que retratam um pouco do modo de vida do povo guarani.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Canal no YouTube destaca a beleza negra

Descrição para cegos: foto da capa de um dos vídeos de Tássio. Nela, ele está passando uma base mais clara que a cor de sua pele e abaixo, lê-se: “piores bases para pele negra”.

Por Taísa Fervie

Tássio Santos é Jornalista e maquiador baiano. Estudou Jornalismo na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e durante este período realizou um intercâmbio em Bragança, Portugal. Pouco tempo depois, estudou no Make-Up Atelier Paris, na França, onde se formou como maquiador. Em 2014 criou o canal no YouTube Herdeira da Beleza que produz conteúdos voltados para a beleza negra e aborda temas relacionados a população negra como racismo e empoderamento. Entrevistei Tássio sobre o seu projeto.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

A guerra racial ao povo negro

Descrição para cegos: foto mostra parte do corpo de uma mulher negra, onde é possível ver o colo e as mãos. Ela está usando trajes brancos, um colar de contas, anéis e um bracelete, típicos de religiões de matriz africana. 

Um artigo publicado no Le Monde Diplomatique Brasil, intitulado A guerra racial de alta letalidade mostra como o racismo é enraizado na sociedade brasileira. O texto é de autoria de Willians Santos, doutor em Ciências Sociais. O autor faz uma relação entre a guerra às drogas, o encarceramento e genocídio do povo negro. Aborda também como a mídia e o Estado mostram os negros como pessoas potencialmente perigosas e usam a crise da segurança pública para legitimar a truculência policial nas periferias. Leia o artigo aqui. (Luana Silva) 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Infopreta: informática para mulheres negras


Descrição para cegos: foto de Buh D'Angelo sorrindo, consertando um computador em seu escritório. É possível ver alguns fios, extensões de energia e notebooks ligados. 
Por Luana Silva

        A Infopreta é uma empresa de manutenção e informática criada por mulheres negras que presta serviços exclusivamente para outras mulheres negras. Foi fundada há cinco anos, em São Paulo, pela estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas Bruna D’Angelo, conhecida como “Buh”. O objetivo do empreendimento é combater a desigualdade, especialmente na área de Tecnologia da Informação.
        O mercado de TI é composto em sua maioria por homens e as mulheres, principalmente as negras, encontram dificuldades para conseguir trabalho. Bruna D’Angelo sentiu isso na pele: desde os 16 anos estuda Tecnologia da Informação, com certificados em Automação Industrial, Manutenção, Eletrônica e Robótica, mas ainda assim, faltavam-lhe oportunidades na área. Diante disso, ela teve a ideia de criar a Infopreta, para se inserir no mercado e ajudar outras mulheres negras.


sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Professor da USP fala do grupo de MPB Os Tincoãs

Descrição para cegos: capa de LP do trio Os Tincoãs. Nela estão os 3 integrantes cantando, sendo que um deles está tocando conga e outro, violão. Acima, lê-se o nome do grupo.

Os Tincoãs foi um grupo de música afro-brasileira formado no início dos anos 60. Nas letras e melodias, era marcante a presença das suas origens étnicas e das religiões de matriz africana, enaltecendo a cultura vinda dos povos africanos e, com isso, enriquecendo e influenciando a MPB com canções como Cordeiro de Nanã e Deixa a Gira Girar. O professor Ricardo Alexino Ferreira, da Universidade de São Paulo, em entrevista à Rádio USP, falou sobre o grupo musical. Ouça aqui. (Taísa Fervie)

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A luta das mulheres quilombolas do Sertão


Descrição para cegos: ilustração mostra, em primeiro plano, 3 mulheres quilombolas. A do meio segura um certificado da Câmara de Vereadores de Catolé do Rocha. A última, da esquerda para a direita, segura uma espécie de cumbuca. Em segundo plano, atrás delas, um negro idoso de perfil e um cartaz onde está escrito “Negro sim, e daí?”.

Por Luana Silva


Viviane Sousa, mestra em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas pela UFPB, concluiu seu mestrado com a dissertação que teve como título Mama África: Os Quilombos do Sertão e a Luta das Mulheres Negras de Catolé do Rocha – PB. O trabalho aborda a luta pela terra e políticas públicas para os quilombolas da região de Catolé do Rocha e como as mulheres negras ocupam posições de liderança nesses espaços.
O título relaciona as quilombolas com a música Mama África, de Chico César, que fala sobre a figura da mulher forte, que muitas vezes tem que se dividir entre os cuidar dos filhos e trabalhar fora. No decorrer do trabalho, aparecem outros trechos da poesia compositor catoleense que retratam a negritude no Sertão da Paraíba.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Evento na UFPB discutiu atualidade social e política de Guiné-Bissau

Descrição para cegos: foto de uma das mesas de debate do evento, com professores e convidados. À direita se vê um banner com a marca do Neabi e, à esquerda, as bandeiras do Brasil, de Guiné-Bissau e da UFPB.

A quarta edição da Comemoração da Independência da Guiné-Bissau ocorreu de 21 a 23 de setembro. O evento foi uma realização da comunidade guineense da UFPB com o apoio do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas – o Neabi. O aniversário de independência do país africano foi comemorado com palestras, debates e mostras cultural e gastronômica. Eu realizei uma reportagem para o programa Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110KHz), produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

domingo, 17 de setembro de 2017

Racismo em Marly-Gomont


Descrição para cegos: foto promocional do filme mostra Seyoko, esposa, filho e filha em uma rua de Marly-Gomont. Pai e mãe seguram guarda-chuvas abertos.

Por Luana Silva

Seyolo Zantoko é um jovem médico do Congo formado na França. Pensando em estabelecer-se no país junto com sua família, resolve trabalhar em uma pequena cidade chamada Marly-Gomont. No entanto, algo impede que sejam bem recebidos naquele lugar: a cor de sua pele. Essa história aconteceu nos anos 70 e inspirou o filme Bem-vindo à Marly-Gomont, do diretor Julien Rambaldi, lançado em 2016.
O povoado ao norte da França estava há algum tempo sem médico. Por ser uma área rural, poucos profissionais se dispunham a trabalhar lá. Seyolo chega ao local bastante entusiasmado com seu novo emprego e aguarda ansiosamente os primeiros pacientes.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Indígenas e o sistema carcerário

Descrição para cegos: A advogada Viviane Balbuglio falando em um microfone.


O sistema prisional brasileiro não dispõe de dados objetivos sobre indígenas encarcerados. O problema foi denunciado por Viviane Balbuglio, em entrevista ao site Artigo 19. As denúncias surgem em uma pesquisa que buscou informações nas secretarias de segurança pública dos estados. Viviane Balbuglio é advogada e integrante do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania(ITTC). A pesquisa revelada na entrevista diz que não há praticamente o registro de dados desagregados em aspectos relevantes, como os que se referem ao povo, aldeia ou língua, limitando o registro da identidade indígena apenas à declaração da cor no momento da prisão. Confira a entrevista na integra aqui. (Elthon Cunha)

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Mulheres negras: o racismo que atravessa gerações

Descrição para cegos:
  ilustração de uma
 jovem  negra,
caminhando,  com
 o punho cerrad

Em um artigo publicado no site Le Monde Diplomatique Brasil, o historiador Evanildo Barbosa da Silva e a socióloga Rachel Barros discutem a transmissão geracional do racismo e da desigualdade no Brasil, especialmente entre as mulheres negras. Os autores destacam que essas mulheres são submetidas a violações de direitos que ultrapassam gerações, como condições de trabalho precárias, falta de acesso à saúde, encarceramento e menor expectativa de vida em relação às mulheres brancas. Leia o artigo completo aqui. (Luana Silva)

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

É tudo culpa de Portugal

Descrição para cegos: foto mostra integrantes do bloco Filhos de Gandhy concentrados para desfile. Eles vestem fantasia composta por lençol costurado nas laterais, turbante feito de toalha de banho, e colares, azul e branco, cruzados no corpo. Ao fundo, vê-se um prédio antigo.

Por Jéssica Soares

É tudo culpa de Portugal
Misturaram os povos do meu país
E minha identidade foi se fragmentando e perdendo forças

É tudo culpa de Portugal
Meu agogô, meu berimbau,
hoje são confundidos no carnaval
Então eles vestem uma camiseta que chamam de abadá,
mas eles sabem mesmo o que é um abadá?
E nessa festa que se apropriam da minha cultura
eu vou perdendo o meu axé
Agora estou fora da corda vendo eles deturparem minha cultura

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Evento discutiu genocídio da população negra na Paraíba

Descrição para cegos: foto do procurador José Godoy olhando para a câmera. Atrás dele há um painel onde se vê repetida a sigla MPF.

Para cada branco assassinado, morrem 29 negros no estado. Este e outros dados estão na carta resultante do I Seminário Paraibano Sobre o Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais. O evento foi promovido pelo Comitê Interinstitucional de Monitoramento e Avaliação das Políticas Públicas e ao Enfrentamento do Genocídio da População Negra em parceria com o Ministério Público Federal. O objetivo do seminário foi fomentar o debate dando voz aos movimentos sociais, mobilizando todos que possam contribuir nessa ação. Na quarta e na quinta-feira foram realizadas palestras que proporcionaram um panorama geral do assunto sob variados pontos de vista. Ouça a reportagem que Luciana Duarte fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

Vereador de Salvador veio à Paraíba discutir o genocídio do povo negro

Descrição para cegos: foto do vereador Sílvio Humberto sorrindo para a câmera.

Sílvio Humberto também é professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e Presidente Emérito do Instituto Cultural Steve Biko. Ele foi um dos convidados do II Seminário Paraibano sobre Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais. Em sua palestra, Sílvio destacou o caráter estruturante do racismo na sociedade e a força do poder de consumo na exclusão da população negra. O vereador afirmou que o enfrentamento do genocídio negro é uma questão de escolha política, tal qual a solução da corrupção. Ouça a reportagem que Danielle Mendes fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Professor questiona descaso com o trabalho acadêmico do cientista negro

Descrição para cegos: foto do professor Antônio Baruty olhando para a câmera. Atrás dele há dois banners, podendo-se distinguir no que está à sua esquerda a identificação do Neabi-UFPB

A palestra de abertura do II Seminário Paraibano sobre Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais foi proferida por Antônio Baruty Novaes. Nela, o professor expôs a insuficiência de pesquisas sobre a história da população negra. Segundo ele, é necessário mudar a forma como a população negra é abordada nos estudos. O palestrante afirmou que a falácia do negro que só plantou cana faz sumir as primeiras contribuições acadêmicas feitas por esse grupo racial. Ouça a reportagem que Marina Cabral fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

Seminário discutiu genocídio físico e simbólico da população negra

Descrição para cegos: foto do professor Danilo Santos olhando para a câmera.

A sessão aconteceu durante o I Seminário Paraibano sobre o Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais, realizado quarta e quinta-feira. O tema do debate foi Genocídio da População Negra: da força da expressão à expressão da força. Participaram da mesa Danilo Santos, pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas da UFPB, o Neabi; Estela Bezerra, deputada estadual do PSB da Paraíba; e Renato Roseno, deputado estadual do Psol do Ceará. Danilo também é professor de História e ativista do movimento social negro. Em sua exposição, ele destacou a intencionalidade genocida que agride a população negra de forma física e simbólica. Segundo Danilo, esse genocídio tem relação com o racismo institucional. Ouça a reportagem que Douglas de Oliveira fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Falta de políticas públicas aumenta o extermínio de jovens negros

Descrição para cegos: foto da vereadora Sandra Marrocos sorrindo para a câmera.

Na quarta-feira 23, o tema Extermínio de Jovens Negros em João Pessoa foi discutido no Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPB. A palestra fez parte do II Seminário de Protagonismo Juvenil: Violência, Direitos e Políticas Públicas. O debate objetivou uma reflexão sobre as ações que podem reduzir os índices de homicídios de jovens negros. Foram citadas, como ações necessárias, a criação de um marco regulatório para essa juventude, a adoção de política cultural como ferramenta de transformação e a adoção da escola em tempo integral. Segundo Sandra Marrocos, uma das palestrantes, a ausência de políticas públicas aumenta os indicadores negativos que afetam os jovens negros. Além da vereadora do PSB, participou do debate Olivânia Maria, da Fundac, a Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente. Ouça a reportagem que Maria Clara Lima fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Evento discutirá genocídio da população negra e políticas educacionais

Descrição para cegos: foto do professor Antônio Baruty em um jardim do campus da UFPB.

O I Seminário Paraibano sobre o Genocídio da População Negra e Políticas Públicas Educacionais iniciará nesta quarta-feira. A promoção é do Comitê Interinstitucional de Monitoramento e Avaliação das Políticas Públicas e ao Enfrentamento do Genocídio da População Negra. O evento, que tem como parceiro o Ministério Público Federal, prossegue até a quinta-feira. O Seminário objetiva um diálogo entre poderes públicos e a sociedade civil. Durante o evento haverá mesas de debates, palestras e será elaborado um documento para o enfrentamento às desigualdades sociorraciais na Paraíba. Ouça a entrevista que fiz com o professor Antônio Baruty para o programa Espaço Experimental, produzido pela Oficina de Radiojornalismo no curso de Jornalismo da UFPB, que vai ao ar todos os sábados, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1110 KHz). (Jéssica Soares)

domingo, 13 de agosto de 2017

Racismos, antirracismos e culturas de branquitude foram discutidos na UFPB

Descrição para cegos: foto do professor Petrônio Domingues sentado, falando em um microfone que segura com a mão direita enquanto gesticula com a esquerda.

O evento foi organizado pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes e pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas, o Neabi. A mesa do debate foi realizada para abertura do período letivo do CCHLA e aconteceu terça-feira, no auditório deste Centro. A mesa foi composta pelos professores Petrônio Domingues, da Universidade Federal de Sergipe; Elio Chaves Flores, do Departamento de História da UFPB; e Mônica Nóbrega, Diretora do CCHLA. Foram debatidos diversos aspectos do tema, como o histórico do racismo no Brasil e as políticas públicas de antirracismo. Na ocasião foi ressaltada a importância do estudo das culturas de branquitude para um entendimento mais aprofundado das questões raciais. Eu entrevistei o professor Petrônio Domingues para o programa Espaço Experimental, produzido pela Oficina de Radiojornalismo no curso de Jornalismo da UFPB, que vai ao ar todos os sábados, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1110 KHz). (Jéssica Soares)

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Ativistas debateram feminismo lésbico negro na UFPB

Descrição para cegos: foto de Marli Soares de perfil.

A Liga Brasileira de Lésbicas e o Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria, realizou no dia 29 de julho uma roda de diálogo. O tema foi Discutindo o Feminismo Lésbico Negro: construindo a visibilidade, dignidade e respeito. O debate aconteceu na sede do Sindicato dos Professores no Campus de João Pessoa e contou com convidadas de coletivos feministas da Paraíba e Pernambuco. Foram discutidas questões como representatividade LGBT, racismo, lesbofobia, saúde pública e direitos da mulher negra e lésbica. Ouça a reportagem que Laís Suassuna fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

quinta-feira, 13 de julho de 2017

VI Colóquio de Diversidade Étnica, com Cláudia Lago

Descrição para cegos: foto da professora Cláudia Lago falando durante o colóquio. Na parte inferior da foto aparece em primeiro plano a câmera filmando, mostrando a imagem dela no visor.

A professora Cláudia Cristina do Lago Borges, do Departamento de História da UFPB, foi a convidada da turma de Jornalismo, Cidadania e Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba para o VI Colóquio de Diversidade Étnica, ocorrido no dia 27 de abril de 2017. Ela é Mestra e Doutora em História com pesquisas nas áreas de História Indígena e do Ensino de História. No colóquio organizado por Annaline Araújo, Beatriz Lauria, Elizabeth Souza e Priscila Monteiro ela abordou questões como o estereótipo indígena, representatividade negra, a diferença entre identificação e apropriação cultural, restauração da língua tupi-guarani e os projetos que incentivam a memória do povo indígena.

CONFIRA O COLÓQUIO NA ÍNTEGRA:

1 - Políticas indigenistas
A professora destaca a forma como o cenário político atual é prejudicial às políticas indigenistas e como o atual governo tem tentado reprimir as manifestações do povo indígena.


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Negros estão entre as menores rendas do Brasil

A distribuição de renda é somente uma das dimensões da desigualdade na região analisadas no relatório anual “Panorama Social da América Latina 2016”. Foto: EBC
Descrição para cegos: foto de um beco com casebres sem reboco, com sujeira e esgoto a céu aberto. Em primeiro plano uma menina e um homem se voltam para a câmera. Ao fundo, duas mulheres caminham enquanto atrás delas uma criança corre com bexigas na mão.
 
A ONU publicou no fim de maio o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) o qual demonstra que a população negra está entre as menores rendas do Brasil, fazendo um comparativo com a população que não é afrodescendente. Uma desigualdade que se manifesta nas relações socioeconômicas, territoriais e de gênero, sendo que esta última tem como evidência mais eloquente na situação das trabalhadoras domésticas. A matéria completa você encontra aqui. (Annaline Araújo)