tag:blogger.com,1999:blog-87133836787858482182024-03-05T11:34:59.620-03:00Cidadania: Diversidade ÉtnicaCarmélio Reynaldohttp://www.blogger.com/profile/11037912859403899974noreply@blogger.comBlogger221125tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-49183729888847252282019-05-03T20:30:00.000-03:002019-05-03T20:30:01.190-03:00Universitários indígenas: a quebra de estereótipos e a subjetividade negada<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMZJpYfNP2lVWzSiB9_8ZDYw5gCTbVmnf05oa0mUgiAprRhy60z0ZiJ1eiiu9-P2d6klkgp_YB6HBHVoO9Ke0QKe0HSPBS_NYq6kaq9V6kWzE16FUcfWs0GBkB-Z6PJcCGuwUOLM1gubCy/s1600/indigenas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="374" data-original-width="554" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMZJpYfNP2lVWzSiB9_8ZDYw5gCTbVmnf05oa0mUgiAprRhy60z0ZiJ1eiiu9-P2d6klkgp_YB6HBHVoO9Ke0QKe0HSPBS_NYq6kaq9V6kWzE16FUcfWs0GBkB-Z6PJcCGuwUOLM1gubCy/s320/indigenas.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-fa0bc257-7fff-a18e-b097-98b75ca0fc4f"><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Descrição para cegos: Duas estudantes indígenas estendendo uma faixa escrito “permanência já”, referente a bolsa permanência, numa mobilização por direitos indígenas e quilombolas pela educação.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Foto: Guilherme Cavalli/CIMI</span></div>
<div>
<span style="background-color: #e0e0e0; color: #b0b1b4; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
</span></td></tr>
</tbody></table>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 14pt; white-space: pre-wrap;">Por Ana Beatriz Rocha</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Os tempos atuais estão marcados pelo que muitos chamam de “levante das minorias”, algo comparado a uma Hidra de Lerna (ser da mitologia grega), que após ter uma de suas cabeças cortadas, muitas nascem no lugar, mais fortes e vociferantes. Isso não se dá sem razão, muitos grupos foram silenciados e apagados da história contada nas escolas, na mídia e nas rodas de conversa da sociedade. Um desses grupos são os indígenas, os povos nativos do Brasil, os reais donos e cuidadores da nossa terra tiveram suas narrativas distorcidas, e inúmeras tentativas de dizimá-las. </span></div>
<b id="docs-internal-guid-10aeb0e3-7fff-cc15-ba32-a3f966699b2f" style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Segundo o último censo do IBGE, em 2010, o Brasil possui cerca de 817.000 indígenas. Após tantos anos, é inegável que esse número está obsoleto, e que seja bem maior agora. Surpreendentemente, há quem ache que toda essa população se encontra exclusivamente nas matas do país, pois o imaginário coletivo foi educado para crer que “lugar de índio é no mato”. Porém, não há o mínimo de sentido nessa afirmativa. A evolução civilizatória confere muitas mudanças as construções de sociedade, em comparação ao início do processo. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">De acordo com o último Censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação em 2017, o Brasil conta com cerca de 49.000 indígenas nas instituições de ensino superior públicas e privadas. O número ainda é baixo, mas em comparação com censos anteriores o avanço é considerável. A inserção de indígenas na educação superior é uma quebra intensa de estereótipos, mas ela só é possível se as políticas públicas viabilizarem formas disso se concretizar, pois tal acesso é difícil para grupos não privilegiados. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">O escritor e professor Daniel Munduruku deixou explícito “posso ser quem você é sem deixar de ser quem eu sou”. Ele se refere a noção preconceituosa de que os povos nativos não podem usufruir dos avanços tecnológicos ou ocupar espaços como o mercado de trabalho, e deixa nítido que ser influenciado pela globalização não retira do indígena sua essência, tampouco lhe descaracteriza enquanto comunidade. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Novo ambiente, novas descobertas</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Os corredores das universidades públicas do país costumam ser vistos como ambientes plurais, especialmente os centros de ciências humanas. As misturas se devem aos diferentes grupos de pessoas que ali passam, vindo de localidades distintas e de contextos, por vezes, opostos. É perceptível, aos menos para mim, que aqueles rostos carregam uma vasta bagagem sociocultural, e silenciada nesses espaços. Me refiro não apenas aos traços físicos, mas a postura e voz que tiveram que assumir num ambiente branco e elitista como a academia. Os rostos em questão são o de Ozivan e Pamela, eles têm 19 anos, ambos estudantes do quarto período de Serviço Social na Universidade Federal da Paraíba. Porém, as similitudes não acabam na sala de aula compartilhada, eles são indígenas da etnia Potiguara, e carregam pelos tais corredores todas as subjetividades que a origem lhes concedeu. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Foi próximo a capital paraibana, a cerca de 84 km de João Pessoa, que nasceram e foram criados. Os jovens são de Baía da Traição, onde cerca de 90% do município está dentro de reservas indígenas dos Potiguaras. A vivência cotidiana com seu povo lhes conferiu uma permanente sensação de pertencimento, na escola ser indígena não era motivo de piadas, ou curiosidade, pois lá as crianças eram em sua maioria do mesmo grupo étnico. Era comum, para Ozivan, falar sobre seu tronco familiar com os colegas enquanto estudavam, um compreendia o outro e partilhava vivências ligadas aos costumes culturais. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Na cidade grande o encanto teve um fim, os olhares não se encontram como antes, tampouco os diálogos se completam da mesma forma. Atualmente o debate sobre identidade vem se fazendo presente em diversas circunstâncias, isso se dá pelas discussões acerca da especificidade que cada grupo social carrega consigo. Era difícil pensar em ter que se afirmar algo quando ao seu redor as pessoas sabiam de onde você vinha, e dividiam um chão histórico repleto de luta, resistência e ensinamentos que valem mais que toda terra que os tiraram. Mas ao vir para universidade, Ozivan notou que ali ele precisaria tomar o seu lugar como indígena, até mesmo para combater o silenciamento do seu povo. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><img height="380" src="https://lh6.googleusercontent.com/ty11V8Fj8t-1CWyXPHXI5Jsop8gsMhymjaIycoUZic4t9tVk6PVY7lGIVsGXhGOC4dboU-dWUfILtuGteqN6qu8nPHEX1FK5XF8SsaHvrWH3ewYsK45gxqr--UgbSpY9WoLuel2s" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0.00rad);" width="288" /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Descrição para cegos: Ozivan aparece de perfil, sorrindo. Ele usa aparelhos, tem barba e está com uma regata colorida clara, e um cordão de material artesanal. Sentado apoiado numa mesa em mosaico branco. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Foto: Ana Beatriz Rocha </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">O jovem foi pego de surpresa ao notar que ali, tão perto de casa, as pessoas falavam de povos indígenas de modo tão distante e folclorizado. Por vezes, parecia que a história que ele viveu era ilusória aos olhos de muitos, e que a naturalidade com que ele habita diferentes espaços apenas por ser tão gente como qualquer outro, é visto como peculiaridade enquanto questionam se índios não deveriam estar sempre nas reservas. O mundo branco clareou as ideias, folclorizou nossos povos nativos, embranqueceu as peles numa miscigenação genocida e, por fim, não nos contaram a real história. Crescemos imersos numa falsa democracia racial, onde dizem ter lugar para todos enquanto limitam os acessos às posições de poder e impacto social. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Saber quem é</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Quando criança, Pamela via seus pais sempre envolvidos nas lutas do movimento. Embora não tenha se envolvido tanto quanto eles, respirar essas temáticas dia e noite lhe fez ver a questão como central, e se decepcionar perante o apagamento do seu povo que notou ao ir para a universidade. O mais triste foi ver que muitos companheiros da Baía não se assumiram enquanto indígenas quando chegaram na capital, a jovem refletiu sobre como a ancestralidade que para ela era alicerce poderia ter sido escanteada. No entanto, ela explica isso como mais uma sequela das violências contra seu povo, e como o complexo de vira-lata cultivado pelo Estado desde a gênese do Brasil, pode fazer alguns jovens nativos negarem suas raízes para se sentirem aceitos. E, assim, afirma a necessidade dos diálogos com a juventude indígena, para que a identidade cultural não se perca nos limítrofes da globalização. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Um dos pontos de encontro nas percepções destes jovens é o senso de coletividade que há nas comunidades, a construção afetiva por meio do cuidado que uns têm com os outros, a constituição familiar que a proximidade cultural os confere. É cabível falar em proteção, essa que ultrapassa a terra e chega nas pessoas. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Quando questionada sobre ser mulher na comunidade, a tímida Pamela comentou sobre tal proteção, ainda que o machismo seja presente devido ao quão incrustado ele é, ela conta que as mulheres são muito ouvidas lá, que existem várias que são símbolo de força para seu povo. Notoriedade que falta do lado de cá. Além disso, a jovem traz relatos surpresos sobre os níveis de assédio que encarou na cidade grande, pois em sua terra natal a concepção de coletividade gera uma proteção que poucos entendem na aceleração do mundo pós globalização. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><img height="394" src="https://lh5.googleusercontent.com/9_eSzVm6Pl8-dJzY0lFpuYN6JG2kEz4c4jVB27lhl-RqYZIGfco8OikCIwcP5exajYBqXPwiSXcljQQuEIugEnyPWDOnSgubzT-2PlOtaRYmsNUdtsOCkVhpwcleyD_A9p7SuzjD" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0.00rad);" width="296" /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Descrição para cegos: Pamela está sorrindo, cabelos presos, usa um óculos de grau preto e grandes brincos de argola. A moça está de frente, com uma camiseta preta de listras brancas. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Foto: Ana Beatriz Rocha </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">E se eu não for - apenas - o que você pensa? </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Os tempos modernos acentuaram um antigo costume humano, o julgamento. As multitelas e suas demonstrações distorcidas de quem somos torna mais fácil o cotidiano de quem se diverte tentando encaixar o outro em caixinhas. Assim surgem os estereótipos, como forma de ignorar a subjetividade de cada um, englobamos alguns grupos com características, por inúmeras vezes limitantes e preconceituosas. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Para os estudantes, o problema é que as pessoas reduzem o indígena a uma mera imagem. Pamela e Ozivan explicitam que os grupos étnicos não são homogêneos, que quer sejam os traços ou os costumes, eles serão diversos, a depender da localidade. Os povos do litoral tiveram contato mais imediato e próximo com o colonizador, logo, os estupros contra as mulheres indígenas geraram uma forte miscigenação que deixou para trás muitos traços físicos daquele povo nativo. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Porém, não contam essas histórias na mídia, ou nas escolas, o que fez com que muitos estereótipos fossem criados em volta do povo indígena. É comum relatos de jovens indígenas que dizem serem questionados por usarem </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">smartphones</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">, ou reduzirem suas habilidades a pesca, caça e curandeirismo. A partir disso, Ozivan levanta a importância do debate nas escolas, “Eu questiono o sistema educacional da nossa região, pois se a imagem de indígena que passam na escola aqui em João Pessoa é ligada a amazônia, por que não se lembrar que temos comunidades indígenas próximas?”, disse o jovem. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Tais estereótipos, juntamente com a falta de representatividade nos espaços de poder, dificultam a criação de políticas públicas que viabilizem a inserção dos jovens nativos nas universidades e no mercado de trabalho, gerando uma persistente hierarquização que põe sempre os integrantes do grupo em posições de inferioridade. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Lutas futuras</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Foi no intuito de ultrapassar esses obstáculos e expandir o pertencimento para universidade que foi desenvolvido o COINPO, o Coletivo Indígena Potiguara. Ele nasceu a partir de estudantes do GT Indígena, um grupo de trabalho que visa encurtar as distâncias entre indígenas de diferentes centros dentro da universidade. No momento, o projeto conta com dezesseis integrantes, e embora seja um grupo que se impõe com força para alcançar os espaços que lhes são de direito, é inegável que ele pode crescer. No entanto, os estudantes enfrentam dificuldades, pois a instituição não disponibiliza dados sobre os alunos indígenas, e o trabalho de formiguinha protela algo que poderia gerar melhorias no cotidiano. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><img height="353" src="https://lh6.googleusercontent.com/68YB3nQVSVkbE9v5f4-Xf5VZhM7aXL4U-QS59_KhZoBmOTAFuQBL4jNp_upHZNgjjoD0NvSgmkGG0_3xCTggjmXwVH2dID4n2TNGFy-IGOctdxkUuYWgl2rEQULqnU3T_lcYzdD4" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0.00rad);" width="530" /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Descrição para cegos: Jovens indígenas em um encontro do COINPO. Ozivan e Pamela usam camisetas com a frase: democracia é demarcar todas as terras indígenas e estão com dois colegas, um rapaz e uma moça. Todos estão sorrindo.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Foto: Lana Vieira </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Por meio da partilha de experiências veem que um dos principais objetivos é a luta pela bolsa permanência, para que o benefício não seja cortado. A bolsa, que é um programa que atende a estudantes indígenas e quilombolas de instituições de ensino superior, permite que eles tenham condições de se manter estruturalmente em João Pessoa, precisam do suporte para lidarem com a dinâmica da capital, que é bem diferente da Baía da Traição. Eles veem a entrada na universidade como uma forma de retornar a comunidade como profissionais aptos a atuar nela e por ela. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Espelhos </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Ao longo da história, determinadas conquistas só foram possíveis pois os núcleos que era vítimas de injustiças ou ausência de direitos lutaram para que mudanças acontecessem, seja um enfrentamento real ou no campo das ideias. A luta indígena já foi apenas um enfrentamento físico pela proteção das terras, e ainda que em algumas localidades do país esses povos ainda tenham que arriscar suas vidas para garantir seu espaço, a principal luta hoje é no campo político. Assim, é evidente a importância da representatividade de pessoas indígenas na política, como o caso da candidata a vice-presidência pelo PSOL em 2018, Sônia Guajajara. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">“Eu acho que a representatividade dessas minorias sociais precisam ser cada vez maiores, pois não dá pra você se identificar com aquilo que uma pessoa branca está pedindo, porque o que ela vê como necessidade é totalmente diferente do que nós vemos como necessidade”, diz Pamela. </span></div>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Seja para reivindicar as reais especificidades do povo indígena, ou para mostrar à juventude que é possível alçar voos, ainda que o contexto social imponha obstáculos, é irrefutável que os próximos anos precisam trazer debates sobre diversidade de grupos étnicos entre os candidatos nos cargos políticos mais importantes do país. Na universidade ou no Congresso Nacional, os povos nativos chegaram com muita luta, e se depender do empenho do movimento, as boas estatísticas só tendem a inflar. </span></div>
Ana Beatriz Rochahttp://www.blogger.com/profile/13701305962875063752noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-9186020781570751862019-04-30T10:54:00.000-03:002019-04-30T10:54:21.166-03:00As mulheres ciganas existem e resistem! <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;">Por Sofia Debbaud</span><span style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;">t</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDBx0H2XIIZsLEgLrzYA_qmq1hOERPGT-CzdwzqzQlrxylrXvPVl5hRkgIk9t1fbsQLCLZ4VnxvzKoyb4dVn-h1lDSZJ73_g8ngAbsPajKLNTLAX3h14LuqJ-Dno7V56hUZKrNzxOCDNg/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDBx0H2XIIZsLEgLrzYA_qmq1hOERPGT-CzdwzqzQlrxylrXvPVl5hRkgIk9t1fbsQLCLZ4VnxvzKoyb4dVn-h1lDSZJ73_g8ngAbsPajKLNTLAX3h14LuqJ-Dno7V56hUZKrNzxOCDNg/s320/download.jpg" width="320" /></a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i><span style="background: white; color: #0a0a0a; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Descrição para cegos: A foto mostra Olga
Mariano, mulher cigana entrevistada, de baixo do ombro para cima, de frente
para a câmera com um olhar forte.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #0a0a0a; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> As mulheres ciganas além
de já sofrerem o machismo enraizado socialmente </span><span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">também
sofrem com o preconceito gerado pela esteriotipação do povo cigano. Em uma
grande reportagem, os jornalistas Pedro Soares Botelho e Andreia Friaças<span style="color: #0a0a0a;"> mostram a vida de mulheres ciganas e como elas existem e
resistem em nossa sociedade. Contando as batalhas diárias de Sónia Matos,
Alzinda Caramelo, Maria Noel Gouveia e Olga Mariano, ciganas que compartilharam
sua história e fizeram parte dessa reportagem. </span><span style="color: #5b9bd5;"><a href="https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/as-mulheres-ciganas-existem-e-resistem" target="_blank">Confira!</a></span><span style="color: #0a0a0a;"><o:p></o:p></span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-409254828887529752019-04-29T20:24:00.001-03:002019-04-29T20:24:43.874-03:00Minha experiência como vítima de racismo na escola<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin0mKBaFBwYooMCRxHTbta1PWQAjdT8KCY7gLvEXRKlscpya0ri_nY-QcHIy_1D9oVCB2vbWlMBEV3M7wVo6ZLXXoXxUpXIpzPP_wZrr7kVXonJQ8h3hOuYNX28R5QUt21eNKPr1d6V84/s1600/khj.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="730" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin0mKBaFBwYooMCRxHTbta1PWQAjdT8KCY7gLvEXRKlscpya0ri_nY-QcHIy_1D9oVCB2vbWlMBEV3M7wVo6ZLXXoXxUpXIpzPP_wZrr7kVXonJQ8h3hOuYNX28R5QUt21eNKPr1d6V84/s320/khj.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Descrição para cegos: criança negra com expressão facial triste. Em segundo
plano crianças brancas apontando e rindo da criança negra.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-size: x-small;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> Texto de desabafo da autora e estudante de jornalismo Iasmin
Soares sobre as suas experiências de racismo nas escolas em que estudou. Muito importante, pois através das palavras a
estudante nos mostra a dor que passou e como a resinificou. Quando forem ler preparem-se para as histórias
tristes, que infelizmente mostra a realidade de muitas crianças e adolescentes
negros. Já a leitura pode ser realizada em seu blog na plataforma Medium, onde
a autora posta outros textos com temáticas parecidas. Para acessar <a href="https://medium.com/@iasminsoares/minha-experi%C3%AAncia-como-v%C3%ADtima-de-racismo-na-escola-311a3446364f">clique aqui</a> (Por Iasmin Soares).</span><o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Iasmin Soareshttp://www.blogger.com/profile/02385615497596396986noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-37469398092606950802019-04-29T13:00:00.000-03:002019-04-29T13:00:04.149-03:00Linn da Quebrada e o seu grito de denúncia em: "Mulher"<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMri9H7t-l6_dNdRMSx6mLzOpDn385oequEmJmfoav-4AK4_78D75J7viZ6nKAq9slOMKoCEEkynulhqRPybOh0WS7BCuJABLurKC0ajyAQEFD7M8Nvc1JnbVhv32FODWBhFnOtAobUTc/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMri9H7t-l6_dNdRMSx6mLzOpDn385oequEmJmfoav-4AK4_78D75J7viZ6nKAq9slOMKoCEEkynulhqRPybOh0WS7BCuJABLurKC0ajyAQEFD7M8Nvc1JnbVhv32FODWBhFnOtAobUTc/s400/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="WordSection1">
<div class="MsoNormal">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Descrição para cegos: Linn se encontra no dentro
da imagem, com uma mão sobreposta à outra. A cantora está em um ambiente com
muita sombra e está escorada em algum tipo de apoio para orações.</span><span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></span></i></div>
</div>
<i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /></span></i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por Rorion</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="WordSection1">
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Subversiva,
revolucionária, travesti e negra. Essas são características de Linna Pereira,
conhecida como Linn da Quebrada, cantora de funk pop da grande São Pauloque dá
voz as minorias das quais ela faz parte. Com abordagem crua e sem censura, Linn
versa sobre sua vivência.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 42.45pt;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em “Mulher”, a cantora trata de
temáticas delicadas, que discutem identidade de gênero, violência e
empoderamento das transexuais e travestis.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 42.45pt;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 42.45pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">De noite
pelas calçadas</i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #222222; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Andando de esquina em esquina</span><br />
<span style="background: white;">Não é homem, nem mulher</span><br />
<span style="background: white;">É uma trava feminina</span><br />
<span style="background: white;">Parou entre uns edifícios, mostrou todos os seu
orifícios</span><br />
<span style="background: white;">Ela é diva da sarjeta seu corpo é uma ocupação</span><br />
<span style="background: white;">É favela, garagem, esgoto</span><br />
<span style="background: white;">E pro teu desgosto,</span><br />
<span style="background: white;">Está sempre em desconstrução</span><br />
<span style="background: white;">Nas ruas pelas surdinas é onde faz o seu salário</span><br />
<span style="background: white;">Aluga o corpo há pobre, rico, endividado,
milionário!”<o:p></o:p></span></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -2.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">VERSO 1<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" />
</span>
</span><div class="MsoNormal" style="margin-right: -42.6pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Logo
no inicio da música é explicitada a situação de marginalização desse grupo, dados
da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 90% das transexuais
e travestis brasileiras sobrevivem economicamente através da prostituição.
Realidade essa potencializada devido à negação de sua identidade e exclusão no
meio em que vivem. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -42.6pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A
coerção social é uma arma muito poderosa, que discrimina e agride física e
psicologicamente tudo que não se encontra nos padrões por ela ditado. No refrão
da canção, Linn canta: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Segredo ignorado
por todos e até pelo espelho</i>”, a luta pela aceitação da identidade, que é a
todo instante reproduzida de maneira negativa na sociedade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -42.6pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A
intérprete adota um discurso empoderador em relação a esses corpos que possuem suas
verdades ignoradas, enaltecendo a luta diária por direitos a elas rejeitados: “<i>Bato palmas para as travestis que lutam para
existir, e que a cada dia conquistam o seu direito de viver e brilhar</i>”. No
Brasil, a estimativa de vida de transexuais e travestis é de 35 anos, menos da
metade da estimativa brasileira que é de 75 anos, dado fornecido pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsemmDZkH_znYqM58bzKTnQ0_1RB0eaMOIk9f_fDm_sa2jLu7v2a6Ga9UVHPo94phUVwSGy0pIaAB-bKOrHlp_POjNRIbfXl3JWyOpbZ4NI3m1C_Wh5hnGyMl6tcMdftjirFhtwxN4z4s/s1600/promo_mulher_FotoNubiaAbe-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1400" data-original-width="1400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsemmDZkH_znYqM58bzKTnQ0_1RB0eaMOIk9f_fDm_sa2jLu7v2a6Ga9UVHPo94phUVwSGy0pIaAB-bKOrHlp_POjNRIbfXl3JWyOpbZ4NI3m1C_Wh5hnGyMl6tcMdftjirFhtwxN4z4s/s320/promo_mulher_FotoNubiaAbe-1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -14.2pt; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Descrição para cegos: A cantora Linn está de
olhos fechados com as mãos em direção ao rosto. Com grandes unhas e lábios
pintados de batom.</i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8pt; font-style: italic;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div>
<br /></div>
<div class="WordSection1">
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -14.2pt; tab-stops: 70.9pt 184.3pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;">“Ela é feita pra sangrar</span></i><i><span style="color: #222222; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Pra entrar é só cuspir</span><br />
<span style="background: white;">E se pagar ela dá para qualquer um</span><br />
<span style="background: white;">Mas só se pagar, hein! Que ela dá, viu? Para
qualquer um”.<o:p></o:p></span></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -14.2pt; tab-stops: 70.9pt 184.3pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">VERSO 3<i><o:p></o:p></i></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
</span><div class="WordSection2">
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -14.2pt; tab-stops: 70.9pt 184.3pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Linn denuncia
constantemente durante a canção que as pessoas dessa comunidade estão sujeitas
a violências, devido principalmente a prostituição, que é praticamente
“empurrada” como uma das únicas alternativas de trabalho. O Brasil é o país que
mais mata transexuais/travestis no mundo, de acordo com dados apurados pela
ANTRA, no ano de 2017, foram 179 assassinatos, ocupando o primeiro lugar no
ranking mundial de mortes, com três vezes mais do que a segunda posição, México,
com 56 assassinatos .<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.15pt; tab-stops: 70.9pt 184.3pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O Brasil
também se encontra em primeiro em outro ranking, em uma pesquisa realizada pelo
site de vídeos adultos, PornHub. O site mostra dados que indicam que o Brasil,
em 2016 e 2017 teve presente à categoria ‘Travestis’, em seu top cinco das mais
procuradas (quinta e quarta posição respectivamente), pontua também que o
Brasil é o país, que comparado com o resto do mundo, mais acessa essa categoria
com 89%.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.15pt; tab-stops: 70.9pt 184.3pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Linna
Pereira finaliza a música, retratando o amor negado a elas e a suas semelhantes.
Além de serem negligenciadas em todos os âmbitos sociais, também acabam por ter
seus sentimentos invalidados pela imagem do “homem” que a usa somente como
objeto de prazer. <a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -2.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><br /></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -2.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;">“Homem
que consome,</span></i><i><span style="color: #222222; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Só come e some</span><br />
<span style="background: white;">Homem que consome,</span><br />
<span style="background: white;">Que só come, fodeu e some”.<o:p></o:p></span></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -2.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‘Outro’</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -42.6pt;">
<span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span>rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-78514891192139079762019-04-26T13:00:00.000-03:002019-04-26T13:00:00.321-03:00Retrato: A simplicidade e o cotidiano das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiuoHNlhDmV2ZMmgSKnnaiZUEe420QSubOncsuFH3FVezNlNsxI7zFHDs-O-92Bfk_Oz9Q1VYsxBetga4Xp6hIRPXdIvvOgJfyu9UFXyG9uIt3VJZA5vUo1w88ROec8trgvohoUlZIz5M/s1600/comunidadesquilombolas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="466" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiuoHNlhDmV2ZMmgSKnnaiZUEe420QSubOncsuFH3FVezNlNsxI7zFHDs-O-92Bfk_Oz9Q1VYsxBetga4Xp6hIRPXdIvvOgJfyu9UFXyG9uIt3VJZA5vUo1w88ROec8trgvohoUlZIz5M/s400/comunidadesquilombolas.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Descrição para cegos: a
imagem mostra três mulheres com vestimentas de estampas tradicionais, todas com
amarrações na cabeça. A foto da sensação de movimento, pois parecem estar
dançando. </span></span></i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por Rorion</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Centro de Documentação
Eloy Ferreira da Silva (Cefedi) é</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> uma organização sem fins
lucrativos, com sede e foro na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais.
Seu objetivo é promover a informação e formação cultural de temas do interesse
do povo e dos movimentos sociais. O nome escolhido para o Centro, fundado em
1985, é uma homenagem a Eloy Ferreira da Silva, trabalhador rural e
sindicalista, assassinado em 16 de dezembro de 1984, no Vale do São Francisco,
Minas Gerais.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O Centro possui em seu endereço online acervos
voltados para diversas minorias étnico-raciais, entre elas, os <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Quilombolas. O acervo retrato um grupo </span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;">residentes no estado
de Minas Gerais, registrando a simplicidade, religiosidade e o dia a dia desse
povo. </span><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><a href="http://www.cedefes.org.br/quilombolas/"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Clique aqui</span></a></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> para visualizar as imagens</span></span><span style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. </span></span>rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-56786894165231254112019-04-25T15:48:00.001-03:002019-04-25T15:48:10.812-03:00Eu, Oxum: documentário narra a experiência de filhas de santo em terreiro<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="339" src="https://lh5.googleusercontent.com/IQPaAQXi7jG-a1gl9hYRrA9_6Bo-2eJ6A52FtQW4AVYrkIfvR-q1uw32ZUJXeo9SxeQqxCmD-rtxJYoYjmXFHm0yw3d0wkYpx7eRDYtljJdE0OskL8VFOmkFZwnjl7o0BHsSYYXY" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="602" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-3a45e764-7fff-cfe8-e414-e3434e03c3ac"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; white-space: pre-wrap;">Descrição para cegos: Na foto aparece Heloá, que assina a direção do curta e também participa como personagem. O close é dado no rosto da jovem negra, que usa adereços do candomblé, guias e um turbante branco na cabeça.</span>
<div style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: 9pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: 9pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<span id="docs-internal-guid-3a45e764-7fff-cfe8-e414-e3434e03c3ac" style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: 9pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"> </span></span><span id="docs-internal-guid-7a20409a-7fff-25b5-3771-51a51658555e" style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Por Ana Beatriz Rocha</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span id="docs-internal-guid-20aeb83a-7fff-5a3b-ea92-038dca6c0111"><br /><div dir="ltr" style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">A matéria apresenta o documentário “Eu, Oxum”, que trata-se de uma curta narrativa dirigida pelas sergipanas, mãe e filha, Martha Salles e Heloá sobre o cotidiano no terreiro Ilê Axé Omin Mafé, em Riachuelo (SE). Além disso, ela traz uma breve entrevista com a idealizadora Heloá, levantando importantes pontos sobre estereótipos e o combate a estes. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 12px; font-style: italic; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">O documentário, por sua vez, retrata de forma subjetiva a relação das personagens com sua mãe Oxum, orixá feminino presente na Umbanda e no Candomblé. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Confira <a href="https://www.brasildefato.com.br/2017/12/28/eu-oxum-documentario-narra-a-experiencia-de-filhas-de-santo-em-terreiro/">aqui</a>. </span></div>
<div style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></div>
</span></div>
</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span id="docs-internal-guid-4582596e-7fff-a25e-adab-d9e52c09364b"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></span></div>
Ana Beatriz Rochahttp://www.blogger.com/profile/13701305962875063752noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-76217751222936902782019-04-25T09:00:00.000-03:002019-04-25T09:00:06.251-03:00Povo indígena: os escravos do etanol <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;">Por Sofia Debbaudt</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixq8hzKy2OXMBoIQTYOfsYt2jCK6QEf5hlbGmEMUpYCkB-VbqgurUzzA4HlwFJ92-kr5967X6i8wjxZaItogAXpOLH6mMl7axlt97g4XIojxotspDu_TN64yKi15WokfUDSbpSb2DIpd4/s1600/trabalho-escravo.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="500" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixq8hzKy2OXMBoIQTYOfsYt2jCK6QEf5hlbGmEMUpYCkB-VbqgurUzzA4HlwFJ92-kr5967X6i8wjxZaItogAXpOLH6mMl7axlt97g4XIojxotspDu_TN64yKi15WokfUDSbpSb2DIpd4/s320/trabalho-escravo.gif" width="320" /></a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i><span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Descrição para cegos: Foto de dois homens trabalhando no
corte da cana de açúcar. Eles vestem preto, botas, luvas, chapéu e carregam
facões e a cana já cortada.</span></i></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Em meio ao delírio da febre do ouro
verde (como é chamada a cana de açúcar), as lideranças indígenas muitas vezes
encontram como destino a morte encomendada por latifundiários. A EcoDebate nos
mostra a partir do documentário “À Sombra de um Delírio Verde” a difícil
realidade do povo indígena. Eles lutam desigualmente pela reconquista do seu
próprio território, enquanto são explorados em exaustivas jornadas de trabalho
nos canaviais análogas à escravidão. Confira as barreiras e lutas enfrentadas
por esse povo no documentário</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=c2_JXcD97DI" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;" target="_blank">aqui</a><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-19635756838027996942019-04-17T18:00:00.000-03:002019-04-17T18:00:07.792-03:00 Brasil cigano, formado por mais de 500 mil pessoas, ainda é pouco conhecido<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="379" src="https://lh3.googleusercontent.com/CZ4FHEyUcpIZcu0YHPLBK6QGpChdZKLZzk-WrE5AIl1dbRodhuBg3igs3irOCr3XegfKURgHahlEEOzskqonIST9UXbIpCgxAbPhsX7vrGk_xsUnKXCaDeb-A4ywn2-_PyilDIYP" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="602" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-75907f0e-7fff-ecc9-88d5-ac8e4158cf33"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 9pt; font-style: italic; white-space: pre-wrap;">Descrição para cegos: Na foto há duas mulheres ciganas, o foco é dado para o rosto de uma delas. Ela tem cabelos lisos, longos e bem pretos, adereços cor de rosa e dourados. A moça está sorrindo. </span>
<div style="text-align: right;">
<span id="docs-internal-guid-7b51eace-7fff-616f-7999-508af791527d"><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por Ana Beatriz Rocha</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O artigo é datado de 2013, mas o trouxemos aqui devido a riqueza de detalhes que ele possui. O texto retrata a dificuldade dos povos ciganos em acessarem as políticas públicas nos municípios onde tem seus acampamentos. As dificuldades são, entre outras, no acesso a saúde e a educação para as crianças. O autor afirma que as políticas para esses povos avançaram ao longo dos últimos anos, mas que na prática muitos aspectos impedem o acesso. Além disso, explica um pouco da história dos povos ciganos, que são tidos como inexistentes e sempre silenciados no Brasil. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Confira <a href="https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2013/12/brasil-cigano-formado-por-mais-de-500-mil-pessoas-ainda-e-pouco-conhecido-da-grande-populacao-1570.html">aqui</a></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</span></div>
</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="clear: right; float: right; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><span id="docs-internal-guid-0c32769d-7fff-a418-275b-113d6aa7ce87"></span>Ana Beatriz Rochahttp://www.blogger.com/profile/13701305962875063752noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-45975942660449520352019-04-16T18:00:00.000-03:002019-04-16T18:00:06.065-03:00Black Power<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpXTNNVe3SSTaMdF6Ix7UP1T_qUVHKd0H0z2084vmOE4ltAoLgHgqPdbaNqBLWnMK83u_54vZoPMGc85v7qxCkXnHeOYTZEtY_v-vmKGgjuGjr5J0hO7Mp_kxp4KRBneC7ulzyA3R9bUs/s1600/fda530ab-c0c5-4726-bfd2-2e4f5b338e2c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="612" data-original-width="1080" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpXTNNVe3SSTaMdF6Ix7UP1T_qUVHKd0H0z2084vmOE4ltAoLgHgqPdbaNqBLWnMK83u_54vZoPMGc85v7qxCkXnHeOYTZEtY_v-vmKGgjuGjr5J0hO7Mp_kxp4KRBneC7ulzyA3R9bUs/s320/fda530ab-c0c5-4726-bfd2-2e4f5b338e2c.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição
para cegos: A imagem mostra quatro mulheres e um homem sorrindo e mostrando
seus cabelos.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i><br />
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por Michelly Santos<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nessa
reportagem em audiovisual, alunas e alunos do curso de jornalismo da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) abordaram a pauta da transição capilar
como forma de empoderamento da estética negra. Foram entrevistadas quatro
pessoas, as quais relataram o processo de aceitação com os fios e também dados
referentes ao tema. Pra assistir clique <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uBHVjIDaWzQ&feature=youtu.be">aqui</a>.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /><br />michelly santoshttp://www.blogger.com/profile/12772308764735233220noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-77821010186927019192019-04-10T15:10:00.000-03:002019-04-10T15:11:08.700-03:00"Martírio": o assassinato e a invisibilidade do povo Guarani Kaiowá<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl40DDxexvEMPKWKD1hNd4usryfDzISgVI5o8c9wB1rN0lt4tc6Irog4iW6MIfqx6jS0BVXvxb3pamiRp23jgHHpTb1BAAkdK5jYD8fqCuNtszY7bSg8pw-Owl4nfX3c-nqcSSOKf9eo4/s1600/maxresdefault+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl40DDxexvEMPKWKD1hNd4usryfDzISgVI5o8c9wB1rN0lt4tc6Irog4iW6MIfqx6jS0BVXvxb3pamiRp23jgHHpTb1BAAkdK5jYD8fqCuNtszY7bSg8pw-Owl4nfX3c-nqcSSOKf9eo4/s400/maxresdefault+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoCaption">
<i><span style="color: windowtext;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;">Descrição para cegos: a imagem mostra diversos rostos pintados de pessoas pertencentes a tribus indígenas. Com foco para o semblante de preocupação de uma mulher com o rosto verde e adornos na cabeça no canto esquerdo da fotografia. Fonte: Print do youtube</span></span></i></div>
<div align="center" class="MsoCaption">
<i><span style="color: windowtext;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"> Por Rorion</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O filme
"Martírio", lançado 16 de abril de 2017, narra a realidade vivida
pelo grupo Guarani Kaiowá, que habita a região centro-oeste do Brasil. Entre
conflitos e opressões de fazendeiros e pecuaristas, o filme documental tem como
missão mostrar a realidade crua desse povo perseguido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoCaption">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Com
direção coletiva de Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho e Tatiana de Almeida o
longa também apresenta visões da perspectiva dos latifundiários. O Documentário
é de grande importância para o cenário cinematográfico brasileiro, por mostrar
como é o desenrolar dos confrontos genocidas entre indígenas e latifundiários, nos
quais as vítimas são tidas como vilãs. Para assistir o filme, clique </span><a href="https://www.facebook.com/MidiaNINJA/videos/1131603413664469/"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">aqui</span></a></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">.</span><span style="color: #0070c0; font-family: "verdana" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-19527522908260694992019-04-10T12:30:00.000-03:002019-04-10T12:30:15.722-03:00Mulheres indígenas e o parto<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikXfKFDhJKFuu8viE9LIYbsiSrwZSqgaii0RxiLjAhHdKqtCLD4cCQqwWjJRZwQEm_KmnPaMZh7tqJiyraKmT6aFyEB03k0guBT8n3CypFSwUvU_RnscwmivPfykztx1PcFLNl-LgCIsc/s1600/parto2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikXfKFDhJKFuu8viE9LIYbsiSrwZSqgaii0RxiLjAhHdKqtCLD4cCQqwWjJRZwQEm_KmnPaMZh7tqJiyraKmT6aFyEB03k0guBT8n3CypFSwUvU_RnscwmivPfykztx1PcFLNl-LgCIsc/s320/parto2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">Descrição
para cegos: Na imagem há mulheres indígenas dando a luz de cócoras, segurando
seus bebes e ao fundo há outros indígenas observando esse momento.</span><br /><div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Por Iasmin Soares</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O parto é um ritual em qualquer cultura, seja ocidental
ou oriental, é algo natural da espécie humana. Mas algumas mulheres são
invisibilizadas enquanto a sua forma de parir, de gestar e do seu puerpério, é
o caso das mulheres indígenas.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> As mulheres indígenas, de diversas etnias por todo o
Brasil, têm formas diferenciadas de gestar, parir e ficar de resguardo. Mas uma
coisa as une, o parto natural, de cócoras. A mãe e seu sangue são responsáveis
pela carne, sangue e gordura do filho, enquanto que o pai é o responsável pelo
espírito, medula e os ossos do bebê. A maioria das indígenas prefere parir em
suas casas, entretanto algumas mulheres que tem gravidez de risco ou porque
preferiram ter seus filhos no hospital, devem ir ao hospital mais próximo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Porém, o ambiente hospitalar é hostil para as mulheres
indígenas. A medicina convencional não respeita a individualidade, a tradição,
cultura e saberes dessas mulheres. Quando a gestante escolhe parir em um
hospital, na maioria das vezes sofre violência obstétrica, desde exames de
toques, que para a tradição dos povos indígenas é invasivo e constrangedor, até
a negação do contato pele a pele entre mãe e bebê, no primeiro instante do
nascimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Quando a mulher indígena descobre que está gerando um
filho, logo começa uma jornada de comportamentos do que se deve ou não ter. No
período da gestação, as grávidas não podem comer carne de macaco ou carne de
peixe que se assemelhe a cobra, os indígenas acreditam que o bebê pode adquirir
o comportamento do animal que a mãe está ingerindo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Os banhos terapêuticos com ervas ajudam a mais nova mãe
a ter um parto bom, com o bebê bem posicionado e sem complicações. As gestantes
que foram mais ativas, que trabalhavam na agricultura e nos serviços
domésticos, supostamente vão ter um parto melhor do que as que somente
trabalhavam no serviço doméstico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Aquele relato oral, que a gente escuta, de que não se
deve negar algo a uma gestante vem justamente das tradições indígenas, assim
como o comportamento de não deixar a grávida com desejo, para que o feto não
seja prejudicado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A família tem um papel de extrema importância na
gestação e no parto. Na gestação, auxilia a mulher grávida a não “passar
desejo” e nos banhos. Já no parto, as mulheres mais velhas, que tomam a frente,
e auxiliam a parturiente em todo o processo. O pai tem o dever de auxiliar a
sua esposa, seja nos banhos terapêuticos, a realizar os desejos da sua
companheira e no trabalho de parto dando literalmente força em forma de energia
que passa de sua mão para a mão da gestante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A parturiente começa a sentir as primeiras contrações,
mas permanece fazendo seus deveres e não diz a ninguém, só depois o marido é
contatado e chama as mulheres mais velhas da família que sabem partejar ou a
parteira da tribo para auxiliar sua esposa no trabalho de parto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Em algumas aldeias, o “parteiro espiritual” também é
chamado, ele faz orações e cantos para que ocorra tudo bem. Massagens são
feitas na barriga da nova mãe para saber se o bebê está posicionado da maneira correta,
algumas tribos usam óleo de amêndoas e outras usam banha de galinha, massagens
atrás das costas na região lombar também são executadas para ajudar no processo
das contrações. O período expulsivo chega e logo depois vem a criança, em
algumas etnias o pai quem corta o cordão, em outras a mãe e as parteiras. Para
as mulheres indígenas, o contato com sua cria é de suma importância, pois traz
confiança e recompensa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O relativismo cultural precisa ser exercido e não
devemos dar “pitáco” na forma que essas mulheres devem ou não ter seu parto.
Elas fazem isso há anos, o que precisamos é aprender e respeitar. Parir é
ancestral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="text-align: center;"> </span> </span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Iasmin Soareshttp://www.blogger.com/profile/02385615497596396986noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-79661315068079553082019-04-09T18:10:00.000-03:002019-04-10T09:35:28.524-03:00Comunidades quilombolas existem e são mais do que os seus estereótipos<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE2bPOV4NtpKsUo7_HuCgycJkULYjB9V5Bdc0Q0NFgUUBQA_93rFHi8DvDCjOJiWi5wKCM2xmxO1tyuNMrVyxsfh0Gr66_EEWd34I5Nf-qDjQxR9P_2LqQ5NcuFzQjRz_lcrN_Ooz3Vic/s1600/quilombo_do_campinho_bb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="232" data-original-width="350" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE2bPOV4NtpKsUo7_HuCgycJkULYjB9V5Bdc0Q0NFgUUBQA_93rFHi8DvDCjOJiWi5wKCM2xmxO1tyuNMrVyxsfh0Gr66_EEWd34I5Nf-qDjQxR9P_2LqQ5NcuFzQjRz_lcrN_Ooz3Vic/s320/quilombo_do_campinho_bb.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição
para cegos: a imagem mostra um grupo de pessoas dançando. Algumas segurando uma
saia longa florida fazendo movimentos circulares e dois meninos tocando tambor,
instrumento de percussão muito usado na musicalidade africana.</span></i><br />
<a name='more'></a><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por Michelly Santos<o:p></o:p></span></div>
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A falta de conhecimento acerca de etnias faz com que
muitas pessoas criem estereótipos e acabe marginalizando certos grupos na
sociedade. Essa questão permanece para além do tempo e circula em tudo que ainda
é desconhecido, causando preconceitos e descriminação. Com as comunidades
quilombolas não seria diferente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Muitos
apenas ouvem e veem sobre os quilombos em contexto escolar. Em uma forma
didaticamente massiva e arrastada, nas poucas páginas, disponíveis nos livros
de história, são contadas de forma engessada e sem ser aprofundada, no que
realmente essas comunidades significaram na época e no que simbolizam até hoje.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Tais formas de desinformação nos trazem atualmente,
infelizmente, comentários lamentáveis da
autoridade máxima no nosso país. Como foi proferido, alguns anos atrás, pelo
atual presidente da república brasileira, Jair Bolsonaro. Prefiro não repetir o
que foi dito, pois essa reportagem não será inflamada com atos que ferem os
direitos humanos, desse povo, mas tem como objetivo desmistificar e por em
palavras, a resistência que se fez e faz presente nos quilombos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> É muito difícil imaginar o quão perverso foi o tempo da
escravidão no mundo e no Brasil. Pessoas foram tiradas de seu pertencer
enquanto ser humano e transformadas em produto. É forte e absurdo demais pensar
que o preconceito pela cor da pele e pelos traços negróides ultrapassaram o
tempo e se fazem presente hoje na nossa sociedade. Essas características
tiraram o povo africano e toda sua ancestralidade de suas terras para outras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> É necessário principalmente, em tempos incertos, como o
que vivemos-que descarta o passado, a busca pelo pertencimento, como ato
político, cultural e social- trazer conhecimento e lugar de fala para os que
vivem e são frutos de toda essa história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O povo quilombola existe e resiste desde o Brasil
colônia. Zumbi dos Palmares e Dandara se fazem presente em cada um dos
quilombos espalhados pelo território brasileiro. Existe como forma de
sobrevivência em meio à escravidão e resistem pelas perseguições incalculáveis
sofridas até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Religiosidade</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> As marcas deixadas pelo eurocentrismo e, os danos
acometidos para essas pessoas foram tão fortes que desvincularam muitas das
características que os constituíam enquanto comunidade. A religiosidade nos quilombos
foi levada já com mesclas do cristianismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Maria Janaína Santos, mulher negra, mestra em serviços
sociais e Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade
Humana, cresceu no Quilombo do
Talhado, no município de Santa Luzia, no estado da Paraíba diz que: “As
comunidades quilombolas não têm uma predominância das Religiões de Matrizes
Africanas; como o Candomblé,a Umbanda e a Jurema. Essas comunidades perderam a
ciência dessas religiões no decorrer de sua formação.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A influência da Igreja Católica e tudo que integrava a
classe dominante branca fez com que as questões religiosas fossem configuradas,
bem como a cultura, política e o social. Esse contexto se apresentava mesmo
antes das formações dos quilombos, ressaltou Janaína. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Existem pessoas da comunidade que cultuam os deuses,
cultuam os Orixás, mas não dentro da comunidade. Eu não tenho conhecimento de
terreiro, nas quarenta comunidades quilombolas, do estado da Paraíba
certificadas, embora existam quilombolas que sejam de religiões de matriz
africana.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> É importante salientar que Janaína falou no contexto
paraibano, o qual ela possui propriedade, pois ela é quilombola e tem ciência
das questões quilombolas, no estado. Contudo, existem diversas comunidades espalhadas
no Brasil, dessa forma, pode haver outras configurações de religiosidade dentro
deles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O
estereótipo sempre vem por causa da cor<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O preconceito racial seja ele estrutural ou da forma
mais descarada possível, é sempre o que circunda os pontos de criminalização e
marginalização do povo negro. A história não seria diferente com a população
quilombola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;">“Quando
ocorre algo ruim na cidade em que esse quilombo pertence, geralmente é
associado essa coisa ruim àquelas pessoas. Por exemplo, quando ocorre algum
roubo, furto ou algo do gênero, a comunidade do talhado nem estava envolvido
nisso, mas sempre eram taxados de: isso deve ser coisa dos negros do Talhado.”
Diz Janaína sobre o clássico estereótipo vinculados ao lugar de onde veio. </span></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
</span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
</span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFI75GR2_MNXG57RYGUu5wifx6EPLlCuhJo2wOe32scyQFXobh4KqAIjPF68ff_3hRSDW4nNXc1vDrh7PU4K1t4uWLrgAYLRUIw2QE4euOhiIaQ_vaLTI49TVksPA1ZQylBeC7Sa6Bt5Q/s1600/kainonia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFI75GR2_MNXG57RYGUu5wifx6EPLlCuhJo2wOe32scyQFXobh4KqAIjPF68ff_3hRSDW4nNXc1vDrh7PU4K1t4uWLrgAYLRUIw2QE4euOhiIaQ_vaLTI49TVksPA1ZQylBeC7Sa6Bt5Q/s1600/kainonia.jpg" /></a></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">Descrição
para cegos: a imagem mostra um grupo de pessoas dançando. Algumas segurando uma
saia longa florida fazendo movimentos circulares e dois meninos tocando tambor,
instrumento de percussão muito usado na musicalidade africana. </span></i></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
</span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
<div style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A cultura de subsistência que permite a plantação da
própria comida e o comercio dos alimentos, a vida na roça e o jeito de viver
são o que levam algumas pessoas a dizerem que essas comunidades não trabalham.
Comentários como esses<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a> vêm da desinformação e de uma
visão turva do que seria trabalho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Do
meio rural para o urbano<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Muitos se enganam em pensar que as configurações foram
totalmente mudadas pelo o motivo de alguns quilombolas terem saído do meio rural
e construído os quilombos urbanos. Os ares podem ter mudado, o ambiente e as
pessoas ao redor, mas a identidade é mantida por meio da ancestralidade que
corre nas veias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUTEXdFnUm_DPaAYB1cMCGAh28nI829gCB1Ccp-fF9blqRJIStGf969NGGER83vrV052G3IZcfjRwkmEBslzko0gB2q6G5BvApVpH5dm0odLIYDckOgbENDC2NwAeoMVTHvSDMTe2Zhyc/s1600/revista+F.apesp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUTEXdFnUm_DPaAYB1cMCGAh28nI829gCB1Ccp-fF9blqRJIStGf969NGGER83vrV052G3IZcfjRwkmEBslzko0gB2q6G5BvApVpH5dm0odLIYDckOgbENDC2NwAeoMVTHvSDMTe2Zhyc/s1600/revista+F.apesp.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><i><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">Descrição para cegos: A imagem mostra
quilombolas colhendo alguns grãos. São homens e mulheres trabalhando no campo. </span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A cultura de subsistência do rural e toda forma de vida
nesse meio não mais continua, pela impossibilidade que o asfalto interpõe.
Porém. Alguns aprendizados obtidos nas comunidades oriundas foram transportadas
para a cidade. O modo artesanal de fazer os utensílios permaneceu. As panelas
de barro são produzidas por mulheres que deixaram apenas fisicamente os
quilombos rurais, mas a forma de sobrevivência continua as que foram aprendidas
anteriormente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Se reconhecer como grupo, e o genuíno pertencimento a terra,
também transpassa o ambiente vívido que fora substituído pelo concreto.
Continuam vivendo um perto do outro, mantendo os laços criados desde o
princípio. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;">Quilombo é sinônimo de resistência, luta e acolhimento,
local onde o povo negro que fora escravizado, encontrava liberdade para ser e
sentir pertencimento de sua cultura. Os africanos e afrodescendentes fugiam das
fazendas e se refugiavam nesses
locais, tornando assim em redes de apoio em uma situação de vulnerabilidade
física, emocional e cultura.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">
</span></div>
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="edn1">
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</span></td></tr>
</tbody></table>
michelly santoshttp://www.blogger.com/profile/12772308764735233220noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-5876703900090114482019-04-09T18:00:00.000-03:002019-04-15T23:47:47.906-03:00Quilombos Urbanos no Brasil:desafios e expectativa<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGex3_cM1kHgj0JQ1zN6d_gHbNbUwhyaOB_fX7wIu0MHyNd9lAshonIsEWcc0XDGyn6R6I4kMuP_RIiWq7jrF5-XkKauXMdR0iFKHfVhyeFNKxGpqAPVQUf490xvCuZd16itYjA6QRo9c/s1600/6054-medium.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="424" data-original-width="753" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGex3_cM1kHgj0JQ1zN6d_gHbNbUwhyaOB_fX7wIu0MHyNd9lAshonIsEWcc0XDGyn6R6I4kMuP_RIiWq7jrF5-XkKauXMdR0iFKHfVhyeFNKxGpqAPVQUf490xvCuZd16itYjA6QRo9c/s320/6054-medium.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição
para cegos: A imagem mostra um grupo de pessoas prestando atenção na fala de um
homem. A maioria das mulheres da foto veste saias longas e estampadas. Estão em
frente a uma igreja.<br /></span></i><br />
<a name='more'></a><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i><br />
<div align="right" class="MsoEndnoteText" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> O
site Ciranda, nesse <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i>, escreve
sobre as questões as quais os quilombos enfrentam no tocante ao domínio das
terras e a resistência como grupo étnico social. Com uma visão maior para os
quilombos urbanos, que lidam com a especulação imobiliária e lutam para obter
respaldo jurídico, pois só dessa forma essas pessoas conseguiriam assegurar a
existência deles nas grandes cidades. Leia clicando <a href="https://ciranda.net/Quilombos-urbanos-no-Brasil?lang=pt_br">aqui</a>. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">(Michelly Santos)<o:p></o:p></span></div>
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"></span></i></td></tr>
</tbody></table>
michelly santoshttp://www.blogger.com/profile/12772308764735233220noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-58275880585821890262019-04-08T20:00:00.000-03:002019-04-08T20:00:02.000-03:00Povo Cigano, povo invisível<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTG6lgEtxx3zYsideaTV0XCO5E85akGgR3BPJQEl7xOv8k0zattBCwzP1xaDaSkerGu51zqR6_LimRctnPffJL9eM6pSsIbgG6k4XYLOIcVtArPJh0Uqy42qYhOzTzt2vt7wKnp2h3-34/s1600/cigano.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="421" data-original-width="691" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTG6lgEtxx3zYsideaTV0XCO5E85akGgR3BPJQEl7xOv8k0zattBCwzP1xaDaSkerGu51zqR6_LimRctnPffJL9eM6pSsIbgG6k4XYLOIcVtArPJh0Uqy42qYhOzTzt2vt7wKnp2h3-34/s320/cigano.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Descrição para cegos: Foto da capa do
documentário “Povo Cigano, povo invisível”, traz cartas de tarô no canto
inferior direito, uma rosa vermelha no canto superior esquerdo, um pedaço de
tecido no canto superior direito e ao centro o nome do documentário.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12.8px;"> </span><span style="font-size: small;"> O documentário feito pela
TV Justiça nos apresenta os povos ciganos aqui no Brasil. Traz a história da
vinda dessa população para o nosso país, os três tipos de etnias ciganas que
existem aqui (Rom, Calon e Sinti), o número de ciganos que habita o Brasil
(cerca de 500 mil) e o estado brasileiro que mais tem acampamentos ciganos
(Belo Horizonte, com 58 acampamentos). O filme também explicita o preconceito
que essa população enfrenta diariamente e todo um histórico de perseguição. Para
finalizar, o documentário apresenta o papel importante que o Ministério Público
teve no processo de assegurar os direitos fundamentais para os povos ciganos,
sendo a principal luta pelo direito à moradia. Para conferir <a href="https://www.youtube.com/watch?v=lE7UdY2k2Tk">clique aqui</a></span></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> (Por Iasmin Soares)</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Iasmin Soareshttp://www.blogger.com/profile/02385615497596396986noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-59954662175930250172019-04-08T10:53:00.000-03:002019-04-08T10:53:19.385-03:00 8 de abril é o dia internacional dos Ciganos, mas eles não têm muito o que celebrar<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="background-color: white; font-family: verdana, sans-serif; font-size: 18.6667px;">Por Sofia Debbaudt</span></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> No
dia (08) de abril é celebrado o Dia Internacional do Cigano, um povo que luta contra
o preconceito e discriminação e pelo direito à preservação da sua cultura,
memória e história.</span><br />
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSiV5a6yZ5OoyvzBEgQYXZkXem4_37vsqqpkrcYdJOLiC0jkcE_huVOW9Q54QO1kYoRYgQkx0enW7grINLqPRyxx2TuXSrel1ClcRdnAm_KM_FpUnPQ9LcEQr1yRire0PK0atqESWYtI8/s1600/Rom_day_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="450" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSiV5a6yZ5OoyvzBEgQYXZkXem4_37vsqqpkrcYdJOLiC0jkcE_huVOW9Q54QO1kYoRYgQkx0enW7grINLqPRyxx2TuXSrel1ClcRdnAm_KM_FpUnPQ9LcEQr1yRire0PK0atqESWYtI8/s320/Rom_day_1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Descrição
para cegos: A imagem mostra a bandeira do povo cigano, em destaque em uma
manifestação. </span></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Essa data foi escolhida em 1972, data que ocorreu o
primeiro encontro internacional de ciganos, na Inglaterra. Assim, o dia (08) de
abril foi institucionalizado pela ONU como data comemorativa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> A história do povo cigano é carregada de
incertezas, suposições e controvérsias, pois são ágrafos, ou seja, passam seus
conhecimentos e experiências por meio oral, sem registrar por meio da escrita.
Além de não darem importância a esses registros, não há esforços para manterem
e irem atrás do passado, assim como não há para manterem-se unidos hoje. Por
isso, muito da sua trajetória se perdeu, e é carregada de mitos e contada pelos
brancos. Não podemos encontrar documentos e registros que expliquem suas
origens e costumes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> O universo
dos ciganos é tão antigo, extenso, bombardeado de crenças e mitos que nem mesmo
eles conhecem bem. Não sabem ao certo o que é verdade e o que é lenda. São
povos de origem diferente, cores, crenças, religiões, costumes e rituais que
acabaram sendo abrigados por esse mundo incerto e adaptável. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Definir a
identidade cigana é outro desafio. Não são nada homogêneos, são subdivididos em
três principais etnias, Rom, Calon e Sinti, e não carregam nenhum estereótipo
sólido, pois nem todos são nômades, falam romani, usam roupas coloridas e são
pobres. Eles são livres, podendo ser cristão, muçulmanos, judeus ou o que
quiserem. O que têm em comum é a sensação de não serem um “não cigano”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Os que o
tornam ciganos é o espírito viajante, que mesmo não nômades, ainda carregam o
sentimento de não pertencerem a um só lugar. O costume de não criar raízes, não
tendo noção concreta de propriedade, e de não gostar a submeterem-se às leis e
regras. É um povo que valoriza a liberdade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Por isso,
questiono se há realmente motivo de celebração. Ao mesmo tempo que se apega aos princípios da liberdade, a população cigana é uma das minorias étnicas que mais
sofre discriminação e exclusão social do mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Essa
população carrega na sua história uma bagagem de preconceitos, advindos dos
estereótipos inventados e da desinformação pública. Por onde passaram,
independente de época, a exclusão e o repúdio os acompanharam. Sendo
negligenciados até hoje pelos poderes públicos, eles enfrentam barreiras
diárias para ter acesso à educação, habitação, aos serviços sociais e ao
trabalho.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrbLMkl-Hj2lbhxSe5AtGnLFHpVuJYf-hr281VGMTJWY357pzp9aRoD-UUiEAp2JUnsQ5rW0eKtg3YIiOAE_gZoeuDtIyo3cfmTXGgtY-h-fKrdYwIUqY1a5rI4XolVB1lrUyku49Ik3Q/s1600/Rom_day_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="450" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrbLMkl-Hj2lbhxSe5AtGnLFHpVuJYf-hr281VGMTJWY357pzp9aRoD-UUiEAp2JUnsQ5rW0eKtg3YIiOAE_gZoeuDtIyo3cfmTXGgtY-h-fKrdYwIUqY1a5rI4XolVB1lrUyku49Ik3Q/s320/Rom_day_2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Descrição para cegos: A
imagem mostra um grupo em uma manifestação exigindo direitos ao povo cigano,
com várias placas e uma grande faixa que diz “Direitos humanos aqui, direitos
de Roma agora”.<br /> </span></i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Os direitos humanos são violados fortemente em relação
aos ciganos e sua perseguição está longe do fim. Por isso, não há motivo de
celebração. O dia (08) de abril é dia de conscientização e luta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> É preciso
mudar essa realidade para que se crie perspectiva real de liberdade, instalando políticas públicas de promoção da cidadania cigana, abrindo
espaço para debates, produção de conhecimento e informação acerca das
desmistificações desse povo. Nós precisamos enxergar realidades diferentes da
nossa e parar de querer que todos se encaixem em nossos ideais. <o:p></o:p></span></div>
rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-7181898034195614402019-04-07T14:00:00.000-03:002019-04-16T08:32:14.814-03:00De “Goela Abaixo”: as facetas do amor por Liniker e os Caramelows<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-D-ZkaWYkYtS6uSjc3x0qG4GDvdwT7lwnIrniFmlBpY5XwKD6VOU_VyHIdqE0Rte5wtvy6MaxuqEfQEN9LgVXQvfVPmxvtRz2z3EaF_l6wamNSOdxi8UwkiMlEmgn6e9ysDNBpJnIka8/s1600/1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="585" data-original-width="940" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-D-ZkaWYkYtS6uSjc3x0qG4GDvdwT7lwnIrniFmlBpY5XwKD6VOU_VyHIdqE0Rte5wtvy6MaxuqEfQEN9LgVXQvfVPmxvtRz2z3EaF_l6wamNSOdxi8UwkiMlEmgn6e9ysDNBpJnIka8/s400/1%255D.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 107%;"><span style="font-size: x-small;">Descrição para cegos: A imagem é um retrato tirado de todos os membros
da banda Liniker e os Caramelows, todos estão vestidos com roupas em
tonalidades quentes enquanto posam em o que parece ser uma pista de pouso para
helicopteros. Foto: Leila Penteado.</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="font-size: medium; text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 17.12px;">Por Rorion</span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 17.12px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 17.12px;">O “Goela Abaixo”, lançado dia 22 de março surge como resultado da criação coletiva dos membros da banda Liniker e os Caramelows, com composições da vocalista Liniker Barros, as músicas se costuram no decorrer do álbum que se encerra tal qual um ciclo -com início, meio e fim. Com a instrumentalidade mais explorada do que nos trabalhos </span><span style="text-indent: 35.4pt;">ante</span><span style="text-align: center;">riores, a harmonia com os vocais soa como mais um instrumento.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 17.12px;"></span></span></div>
<a name='more'></a><br />
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 17.12px;"><span style="font-size: small;"> A desenvoltura e as habilidades da vocalista são mais trabalhadas nesse segundo álbum, nos permitindo reencontrar um lado da Liniker que costuma ser mais apresentado em shows ao vivo. Se atentando a essa observação, pois o “Goela” surgiu entre shows da turnê do primeiro álbum, o “Remonta” e foi influenciado diretamente pela multiculturalidade que a banda foi exposta ao viajar por todo o mundo, sendo aspecto presente na sonoridade do trabalho que é composta por Soul Music e R&B. Tem o amor como temática principal e desenvolve bem as faces desse sentimento muitas vezes violento, mas que também aconchega e ensina.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 17.12px;"><span style="font-size: small;">O CD possui treze faixas, com produção executiva do baixista da banda Rafael Barone, e com participações de Mahmundi, Linn da<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: start;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 17.12px;"><span style="font-size: small;">Quebrada, Candy Mel e dentre outros, tem como ato de abertura “Brechoque", canção que introduz bem como a direção inicial do álbum foi orientada, cantada em acapella, nos convida para bordar e pintar seu amor, que mais parece um “se prepare pelo que estar por vir" do que qualquer outra coisa.</span></span></div>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqbEYsr3yH_sHFxTweibwy3bv9eQ-QRhhR8KACjTFPLDUxL2HFaopdGgiuWTG20sJ8Bv6klJTVEEw5FHkoFPxrhCw-Xtq2T4ojJibaS0i7PsflXFg72gGR2ruidNCDWqJVWn6FiKvEpOE/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1159" data-original-width="1600" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqbEYsr3yH_sHFxTweibwy3bv9eQ-QRhhR8KACjTFPLDUxL2HFaopdGgiuWTG20sJ8Bv6klJTVEEw5FHkoFPxrhCw-Xtq2T4ojJibaS0i7PsflXFg72gGR2ruidNCDWqJVWn6FiKvEpOE/s400/2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 107%;"><span style="font-size: x-small;">Descrição para cegos: A imagem é uma colagem que tentar imitar uma
goela, a uvula é representada por uma borboleta saindo do casuo; a garganta é
uma igagem do espaco; a lingua por uma linda de trem rodeada de flores e o
restante da boca por um cânion. As partes sem colagens possuem fundo rosa com
o nome da banda no canto superior esquerdo e o nome do àlbum no canto superior
direito. Foto: Domitilia de Paulo.</span></span></i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A primeira parte aborda esse sentimento de
maneira mais descontraída, entre instrumentos de sopro e versos em outros
idiomas, a Liniker conta a rotina, sobre afeições e como todo esse lance de
amar é especial. A primeira faixa de trabalho do álbum, “Lava”, lançada em 16
de março de 2018, representa bem a proposta da sonoridade do projeto ao trazer
instrumentais fortes e vocais que exprimem firmeza e coragem.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption"><div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">“Beau” nos conta o anseio pela pessoa amada e
brinca com signos e astros. Já “De Ontem” descreve situações amorosas e como a
intimidade gera afeto e entre agudos grita “me sambe no carnaval”, como um
pedido de amor, declaração. A paixão é
barulhenta e buzina dentro de quem a sente em “Boca"; a produção, da
também cantora, Mahmundi, traz a perspectiva de alguém de fora do ciclo da
banda e acaba por somar positivamente no trabalho com “Bem bom". Fechando
a primeira parte com “Calmô”, Liniker canta serenamente como o amor transmite
calmaria e acalanta o coração, e entre versos em português e espanhol unifica a
música como um dos pontos altos do “Goela Abaixo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O segundo bloco do álbum é apresentado pelo poema
“Textão", que versa sobre situações que levam até a consumação do ato
sexual, e como ele é mais do que apenas penetração e gozo: “Não se trepa em
quinze minutos pois até charutos precisam de tempo aceso pra queimar. Pois até
às 03:00, tem papo de vinho e seda, é pra tocar. Não se trepa em quinze minutos
porque expectativa muitas vezes não se cria só”, canta a Liniker.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A segunda parte é composta por cinco canções e
traz um lado mais intimista da banda. Piano e vocais estridentes são mais
presentes nessa parte final do projeto. As músicas: “Intimidade” e “Amarela
Paixão” trazem o desejo e emoção do amor, devoção mutua. A relação de duas
pessoas que se amam. Tratando do descaso e da unilateralidade do gostar,
“Claridades” e “Gota” mostram a outra face querer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O álbum se encerra com a faixa “Goela”, que tem
presente um coral composto somente por mulheres. A música inicia-se com um
trecho de um áudio de Linn da Quebrada, onde ela descreve a sensação de como é
estar apaixonada: “Acho que gostar de alguém é meio assim mesmo. Dói um
pouquinho, adormece a boca, embriaga. É tipo jambu, né? E faz tremer”. A canção
é um desabafo coletivo e também reinvindicação. Em uníssono pedem por carinho,
respeito e paz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">“Goela Abaixo” é composto por canções fortes e de
fácil identificação, narra as vivências da vocalista que mais uma vez entrega
com seus <i>Caramelows, </i>um trabalho bem amarrado e coeso. A banda consegue
traduzir as diversas facetas do amor sem fazê-lo de modo repetitivo e
cansativo, trazendo autenticidade para cada música do trabalho. <o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<br />rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-36947594089106620642019-04-07T13:00:00.000-03:002019-04-07T13:00:12.345-03:00A escrita intimista e crua de Warsan Shire<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO8Y_14GbIf6tkBlocDAmspkXGuGrYCPevjMhwBi47kmvhNOtxs4vJg1e1UGckGCtkHf6aPQz1D7dd77HUmlzPkkms0QvO2xWQ1LIA7Ez2hmu6Xw3_oC4X0J3iUeo6EecCpxb87AEabiw/s1600/Okeowo-Warsan-Shire.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="432" data-original-width="649" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO8Y_14GbIf6tkBlocDAmspkXGuGrYCPevjMhwBi47kmvhNOtxs4vJg1e1UGckGCtkHf6aPQz1D7dd77HUmlzPkkms0QvO2xWQ1LIA7Ez2hmu6Xw3_oC4X0J3iUeo6EecCpxb87AEabiw/s400/Okeowo-Warsan-Shire.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;">Descrição para cegos: Warsan Shire se encontra em frente ao que parece ser um estacionamento, com sombras de uma arvore no rosto a escritora está usando uma touca e com os braços levemente postos um sob o outro. Foto: Amaal Said</span></i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Por Rorion</span></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> Warsan Shire, poetisa britânica, refugiada desde o primeiro ano de vida, nasceu no Quênia e possui pais somalianos; busca por meio de suas obras retratar a sua vivência e a de pessoas de seu ciclo social. A escritora tem bacharelado em Artes e Escrita Criativa e aborda em suas produções temáticas como: afetividade, condição de refugiado e a solidão da mulher negra.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="white-space: pre;"> </span>Como escritora, Shire traz em suas obras delicadesa e intimismo. Em 2011 publicou seu primeiro livro "Teaching My Mother To Give Birth" pelo selo <i>Flipped eye</i> e em 2015, lançou seu segundo "Her Blue Body" com a mesma editora. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="white-space: pre;"> </span>Beyoncé, em seu longa-metragem "Lemonade", recita versos de diversas obras de Warsan, destaque para "Mulheres que são difíceis de amar", onde a poetisa versa sobre o preterimento e devoção de uma mulher em um relacionamento abusivo. Leia o poema <a href="https://medium.com/mulheres-que-escrevem/para-mulheres-que-s%C3%A3o-dif%C3%ADceis-de-amar-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-b139901e6865" target="_blank">aqui</a>.</span><br />
<span style="white-space: pre;"> </span>rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-8575061768127255532019-04-06T23:26:00.000-03:002019-04-08T15:23:01.903-03:00O samba dos morros que a elite usurpou <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7OGX4T1HBMqGOtHaUt2oxRthuU9V8mVwAEtTBXU1u8OwSFs58RIidvhGvDCLzyxCNe-wepfwhT8Nq5Hg6eaTwQEVm4RizDGBf94n9GqOf2tTtVhzfVRIB9NSIEu0soinsZQ_UzHDiWfQ/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7OGX4T1HBMqGOtHaUt2oxRthuU9V8mVwAEtTBXU1u8OwSFs58RIidvhGvDCLzyxCNe-wepfwhT8Nq5Hg6eaTwQEVm4RizDGBf94n9GqOf2tTtVhzfVRIB9NSIEu0soinsZQ_UzHDiWfQ/s1600/download.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="normal">
<i><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição para cegos: A imagem mostra uma roda de samba. No ambiente as
paredes são pintada de amarelo, possue berimbaus e a bandeira do Brasil
pendurada. No centro da roda, uma mulher negra vestida de branco dança, e em
sua volta mulheres batendo palmas e homens sentados tocando instrumentos. <o:p></o:p></span></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div align="right" class="normal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por Ana Beatriz Rocha<o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Quem
não gosta de samba, bom sujeito não é<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É
ruim da cabeça, ou doente do pé”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Dentre os diversos estereótipos
que a comunidade internacional limita aos brasileiros, um bem marcado é o
samba. Apontado como constitutivo da identidade nacional, o ritmo carrega
consigo a mais pura originalidade brasileira, pois foi em solo tupiniquim que
nasceu esse marco cultural que vai além da conhecida sonoridade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Em tempos onde a escravidão ainda
era plano de fundo da história do país, através dos africanos escravizados no
Brasil, um novo gingado surgia. A Bahia foi o berço do ritmo que veio dos batuques
e do jongo, trazidos de Angola e do Congo pelos negros que foram covardemente
arrancados de seus países para serem subjugados no Brasil. Com influência de
elementos religiosos, tinha origem numa comunicação ritualística, onde cultura
e espiritualidade se fundiram numa cadência poética que geraria o mais famoso
ritmo musical brasileiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Somos
herança da memória<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Temos
a cor da noite<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Filhos
de todo açoite <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fato
real de nossa história”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Identidade
- Jorge Aragão <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O mais tradicional é o samba de
roda, que num misto de palmas, coro e instrumentos de percussão fez surgir um
som divertido e dançante, onde um círculo de instrumentistas homens se abria em
volta de uma mulher que dançaria e trocaria seu protagonismo com as outras que
da roda faziam parte.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="normal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="normal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> No século 19, após o Rio de
Janeiro ter se tornado capital do Brasil, muitos africanos escravizados foram
mandados da Bahia, e de outros lugares do país, para a então capital, devido às
reconfigurações econômicas que a mudança desencadeou. Com isso, havia um
aglomerado de religiões iorubás num só lugar, e ao batuque foi se incorporando
o maxixe e a polca, dando origem às conhecidas rodas de samba dos morros
cariocas. </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Após a invenção do rádio, em meados da década de 1920, o samba chegou
às elites do Rio. Com isso, ele foi assimilado pela indústria fonográfica e por
artistas brancos de muito longe dos morros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> É comum citarem nomes como Noel Rosa e Beth Carvalho para lembrar do
samba, mas é na memória de Cartola, Nelson Cavaquinho e Pixinguinha e, na
contemporaneidade, Alcione, que as raízes dos morros pretos são ressaltadas e
os muitos sambas, que não vieram de um só lugar, são tocados como se ainda
estivessem em casa. A mãe África, genitora do balanço envolvente que deu vazão
a pluralidade nos saúda quando o sambista de melanina acentuada dá o primeiro
repique, reverenciando seus ancestrais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Os batuques saudaram Cartola, morador do Morro da Mangueira e
compositor do primeiro samba-enredo da escola de samba Estação Primeira de
Mangueira, “chega de demandas”. Muitos dos seus sambas cantam a dor de um amor
naufragado, o amor preto que não vingou. Não foi uma sina só de Cartola
retratar tal dor em suas letras, e essa narrativa ainda emociona por ser tão
cotidiana nos dias atuais. Devido ao fato de terem tido as constituições
amorosa e familiar ceifadas pelos grilhões da escravidão, a comunidade negra
tem até hoje sua afetividade negligenciada. Era improvável amar num tempo em
que as mulheres negras escravizadas eram estupradas por seus <i style="mso-bidi-font-style: normal;">senhores </i>e os homens chicoteados para
trabalharem sem parar. Dor que virou samba, atravessou gerações e derrama
lágrimas perenes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Tristeza<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quanta
tristeza tenho eu<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Só
em saber<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que
vivo longe dos carinhos teus”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tristeza
- Cartola<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-0-ecSl88gAlh0gQ3G39hvMJFObXpr04vbW7YbF_3WwM8nq342qBoZpgF5YuzUjCFiDCxGZ6b9BjcO1gWBoDgs1smzoKC3u-bzkVsMVHpaVs7ZIRO7sfdBjyVTywSZQOpsB1keSY0RB0/s1600/l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="356" data-original-width="620" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-0-ecSl88gAlh0gQ3G39hvMJFObXpr04vbW7YbF_3WwM8nq342qBoZpgF5YuzUjCFiDCxGZ6b9BjcO1gWBoDgs1smzoKC3u-bzkVsMVHpaVs7ZIRO7sfdBjyVTywSZQOpsB1keSY0RB0/s320/l.jpg" width="320" /></a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div align="center" class="normal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição para
cegos: Imagem em preto e branco, close no rosto do sambista Cartola. Eles está
de óculos escuros e sua mão direita segura a haste do óculos, como quem o
colocou há pouco. <o:p></o:p></span></i></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption"><div align="center" class="normal">
<br /></div>
<div align="center" class="normal">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="normal">
<span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Não há como falar em
singularidade no que se refere ao samba, pois são muitas origens. Assim como os
povos africanos são de culturas diversas, as misturas que foram feitas quando
os batuques aqui chegaram também foram muitas, assim, é de se esperar que não
seja um produto cultural, e sim produtos. O samba de roda, samba-enredo, samba
reggae, samba-canção, samba rock e muitos outros. No entanto, sabe-se que a
indústria cultural tende a assimilar o que vê como rentável, e quando não tem
sucesso, descarta tal ritmo e cria uma associação negativa acerca do mesmo.
Quando levado ao cenário internacional, o samba de roda sofreu higienismo,
ganhou uma corporeidade melódica e artistas ligados a elite boêmia do Rio de
Janeiro passaram a ser postos como estrelas do gênero musical. <o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<div class="normal">
<span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Porém, é importante explicitar
que a roda de samba, em sua gênese, é um espaço de resistência. Momento
sagrado, onde as manifestações de fé se elucidam e a sensibilidade de um povo é
aflorada por meio do corpo em movimento e a sonoridade que levava embora, por
um tempo, as mazelas do período escravagista. As raízes têm que ser
preservadas, não em negação ao novo, mas como forma de respeito ao passado de
luta do povo preto, e de como o samba é parte necessária para contar a história
de enfrentamento aos costumes normativos do sistema opressor. </span><span style="background: white; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-highlight: white;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="normal">
<br /></div>
<br />
<div class="normal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p><br /></o:p></span></i></div>
<br />michelly santoshttp://www.blogger.com/profile/12772308764735233220noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-81267395924675017142019-04-06T15:05:00.000-03:002019-04-13T21:55:03.267-03:00O esporte como ferramenta na luta contra o racismo<div style="text-align: right;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMvvbxUjPEXdDBG7Jt0T_lEQTaFzxFUfayLcek7H5Y7L7VjfqwKmrRyFibIGXj2iIqnClOmB4Q6QC5hFgYQaG9nFI54t9pHoZe9qJ3K5RzsT2WNeZM5MWxXEK5vDIGYluuWoC5uaU49_A/s1600/jackie-robinson-041515-sn-ftrjpg_9piq61thvj0u1j5bb3hkalm0a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMvvbxUjPEXdDBG7Jt0T_lEQTaFzxFUfayLcek7H5Y7L7VjfqwKmrRyFibIGXj2iIqnClOmB4Q6QC5hFgYQaG9nFI54t9pHoZe9qJ3K5RzsT2WNeZM5MWxXEK5vDIGYluuWoC5uaU49_A/s320/jackie-robinson-041515-sn-ftrjpg_9piq61thvj0u1j5bb3hkalm0a.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><i>Descrição para cegos: Registo de Jackie Robinson em uma partida, vestido com seu uniforme do Dodgers com um taco levantado na mão.</i></span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 18.6667px;">Por Sofia Debbaudt</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 18.6667px;"></span><br /><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 18.6667px;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> O debate sobre o racismo e discriminação continua em
pauta no noticiário esportivo. Pois episódios de </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">fortes ofensas e humilhações racistas, como as </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;">sofridas pelos jogadores </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Boateng em 2013, Daniel Alves em 2014, pelo meio-campista Fernandinho em 2018 na Copa do Mundo e pela</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"> judoca Rafaela Silva em 2012 nas Olimpíadas, são ainda frequentes.</span></div>
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Hoje, vamos falar sobre o racismo sob a perspectiva
história e como o esporte foi e é uma ferramenta para vencer a discriminação
racial. É importante sabermos que o esporte influencia na cultura e na política
de países e por meio dele fenômenos e mudanças sociais acontecem.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;">Um
filme que ilustra bem esse ponto de vista é “42: A história de uma lenda”, narrando
a chegada do primeiro jogador de baseball negro na Liga Nacional dos Estados
Unidos. O filme se passa na pós-Segunda Guerra Mundial, época em que a
segregação racial era uma realidade, nos Estados Unidos e no mundo. Podemos,
então, imaginar como ocorria a dinâmica social da época.</span><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Quando jovem, Branch Rickey, homem branco e atual dono de
times de baseball, presenciou um atleta negro de alto potencial desistir de sua
carreira por causa do preconceito. Mais velho, ele quis mudar essa situação. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;">Apaixonado
pelo esporte, deixou de lado opiniões contra de seus assessores, técnicos e
amigos para fazer de tudo para engrandecer o baseball. Assim, apostou no
jogador negro Jackie Robinson e o contratou para a equipe, ciente de todos os
obstáculos a serem enfrentados por cada um, por ele, pelo time e por Jackie. E
essa sua atitude mudou para sempre o mundo do baseball.</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Jackie foi o primeiro negro a jogar com e contra brancos</span><s style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">,</s><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">
e sua trajetória ao topo foi carregada de muito racismo. Sendo proibido de ir a
banheiros, hotéis e restaurantes junto a seus companheiros de time. Como se já
não bastasse isso, seus próprios colegas também o massacravam, com palavras,
atitudes e gestos. O jogador foi forçado a demonstrar coragem, autocontrole e
superioridade, pois qualquer atitude violenta poderia colocar os seus e os
planos de Rickey água abaixo. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Sua forma de combater o preconceito racial da
época era no campo, mostrando que negros podem e devem jogar. E foi assim que ao
longo dos anos seus companheiros foram abrindo os olhos e tentando deixar o
preconceito de lado. Assim como a torcida, que no início só mostrava aversão,
mas com o tempo entrou em delírios com as habilidades do novato do campo.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwusAhJ_7rbTqHeLdTjnd8nNtNS7cm-QKbqGGhn0hVAMULpt9MDXH6m8wumcTDWPd4XNm4RnsUiPUS-Hf7J9RlbQqg-owelde23sELNIicCMU6vpXi-5GOupRF5p1oAniouQv7-s0Odro/s1600/635962259770457327-USATSI-8521459.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="534" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwusAhJ_7rbTqHeLdTjnd8nNtNS7cm-QKbqGGhn0hVAMULpt9MDXH6m8wumcTDWPd4XNm4RnsUiPUS-Hf7J9RlbQqg-owelde23sELNIicCMU6vpXi-5GOupRF5p1oAniouQv7-s0Odro/s320/635962259770457327-USATSI-8521459.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Descrição
para cegos: A imagem mostra vários jogadores de costas para a foto com o número
42 na parte de trás do uniforme.<o:p></o:p></span></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> O número 42, camisa de
Jackie, ficou historicamente conhecido. Ele silenciou os críticos e se destacou
em campo, podendo abrir o caminho para que outros negros entrassem no esporte. No
dia 15 de abril de 1997, a Major League Baseball (MBL), aposentou o número 42.
Foi a primeira e única vez que qualquer número fora aposentado durante uma das
quatro grandes ligas esportivas americanas de todos os esportes do mundo. Em
2007, a MBL autorizou que somente nos dias 15 de abril os jogadores pudessem
usar a camisa 42, tornando a data uma celebração anual, chamada de “Dia de
Jackie Robinson”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Esta cinebiografia foi elaborada pelo casal Brian e Karen
Helgeland, que tiveram muita dificuldade em lançá-lo por não encontrarem
financiadores e patrocinadores para um filme que conta a história e trajetória
de um negro no esporte. A não desistência deles na produção do longa-metragem foi
de suma importância, pois a exposição de histórias como essa é essencial para a
representatividade dos negros no esporte.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> A população
negra ainda tem muitas barreias do racismo a serem enfrentadas, e até mesmo a
sua estereotipação na vida e no esporte. Mas histórias como essa nos trazem
otimismo e boas perspectivas para mudanças. Cabe a cada um, independente de
raça, em seu local de fala e posição, contribuir para essa transformação. É uma
obrigação social de todos para que possamos caminhar até a erradicação do
racismo e suas práticas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-3398116049970933902019-04-05T12:00:00.000-03:002019-04-06T18:30:28.695-03:00A insubmissa Carolina Maria de Jesus<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKRJ4A_jy4K8rU-an-EMHqvelYNPNPvHZ9YITY8fdx2r9EmiO7-mldp1kymic5II9LjxGC3Ek8Imvu5u2DyvPbDF7llICxHO4XAl4BG-tPjd5LumIgn8roFLbzLMScp__BQeSabs_GF83V/s1600/carolinaquarto-e1527714099970+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="829" data-original-width="1200" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKRJ4A_jy4K8rU-an-EMHqvelYNPNPvHZ9YITY8fdx2r9EmiO7-mldp1kymic5II9LjxGC3Ek8Imvu5u2DyvPbDF7llICxHO4XAl4BG-tPjd5LumIgn8roFLbzLMScp__BQeSabs_GF83V/s320/carolinaquarto-e1527714099970+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;"><span id="docs-internal-guid-b583ad62-7fff-ebfd-d9ae-e63f9f78f557"><span style="font-family: "verdana"; font-size: 9pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span id="docs-internal-guid-72c4ffda-7fff-eeb7-1a7d-58abf85984da"><span style="font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Descrição para cegos:</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; font-weight: 700; vertical-align: baseline;"> </span><span style="font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Foto bastante conhecida, onde Carolina Maria de Jesus aparece do busto para cima, com rosto levemente inclinado. Ela usa um lenço branco cobrindo totalmente o cabelo, e traje também branco. A sua frente tem sua principal obra, “Quarto de Despejo”. Registro em preto e branco. </span></span>
</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both;">
<span id="docs-internal-guid-b583ad62-7fff-ebfd-d9ae-e63f9f78f557"><span style="font-family: "verdana"; font-size: 9pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYwt0jcQouJ4kdTYfgSVrxAcE5wQBe9Ec_2kU8IzinwV3ShGNN1LiGcEe8GGoFq2WXoYrTiDc-WkCgy73G9NCfcqhNk1ocFoSSM8t3hpzxBcUBJwpkFUvBQxLeCSnuArETDDBchbpvJknF/s1600/carolinaaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="174" data-original-width="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYwt0jcQouJ4kdTYfgSVrxAcE5wQBe9Ec_2kU8IzinwV3ShGNN1LiGcEe8GGoFq2WXoYrTiDc-WkCgy73G9NCfcqhNk1ocFoSSM8t3hpzxBcUBJwpkFUvBQxLeCSnuArETDDBchbpvJknF/s1600/carolinaaa.jpg" /></a></span></span></div>
<span id="docs-internal-guid-b583ad62-7fff-ebfd-d9ae-e63f9f78f557"><span style="font-family: "verdana"; font-size: 9pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">
<span id="docs-internal-guid-acc242a7-7fff-4946-337f-660844541636"><br /><span style="font-size: 9pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span id="docs-internal-guid-9adc7d8b-7fff-221b-12bb-09d389baa017"><span style="font-size: 9pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Descrição para cegos: Fotografia com foco nos rosto de Carolina, já com a idade avançada. Ela está de frente, com a cabeça levemente apoiada em sua mão. Também usando um lenço branco e vestimenta florida, e está com o olhar direcionado para cima. Registro em preto e branco. </span></span>
</span></span>
</span></span><span id="docs-internal-guid-200895ce-7fff-031a-f679-2f36c04b3fdb"><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 14pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por Ana Beatriz Rocha</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 14pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 12pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> A indicação de hoje é de um texto em reverência a escritora Carolina Maria de Jesus. Em sua publicação, a redatora Larissa Bontempi descreve com sensibilidade e, de forma até sensorial, afeto a trajetória de Carolina com a escrita. Trazendo um destaque para sua obra mais conhecida, “Quarto de despejo”, o texto ressalta o quão bem Carolina Maria de Jesus retratava a realidade das pessoas pretas e pobres, além de tecer críticas a momentos políticos marcados pela desigualdade social. Vale muito a pena conhecer um pouco mais dessa escritora incrível por meio desse excelente artigo. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 14pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Confira <a href="https://quilombocibernetico.home.blog/2019/03/14/a-insubmissa-carolina-maria-de-jesus/">aqui</a>. </span></span></div>
</span></td></tr>
</tbody></table>
Ana Beatriz Rochahttp://www.blogger.com/profile/13701305962875063752noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-26112951052951247342019-04-04T20:00:00.000-03:002019-04-07T19:32:50.597-03:00Quinze artistas negras que você precisa conhecer<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2diy-zZVORLpyCa0oaUZawoc0wlmJyDEUIMNWUZUQZ9W4BJEjz7g9G1cFudkth8g0gfwnnlDy67qhI-NlxhPMWevtEEf2ljVGO5R3w7NnfYYJK9reD3EV3qIZ9zgzIy9PHuSf1awyLX0/s1600/15-artistas-negras-confeitaria-mag.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="530" data-original-width="1050" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2diy-zZVORLpyCa0oaUZawoc0wlmJyDEUIMNWUZUQZ9W4BJEjz7g9G1cFudkth8g0gfwnnlDy67qhI-NlxhPMWevtEEf2ljVGO5R3w7NnfYYJK9reD3EV3qIZ9zgzIy9PHuSf1awyLX0/s320/15-artistas-negras-confeitaria-mag.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Descrição para cegos: </span>Imagem
composta por fotos, em quadrado, das quinze artistas negras citadas na matéria.<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12pt;">
<span style="color: #444444; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><span style="text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="color: #444444; font-size: 12pt; text-transform: uppercase;">A </span><span style="color: #444444; font-size: 12pt;">matéria<span style="text-transform: uppercase;"> </span>escrita por <span style="text-transform: uppercase;">s</span>thepanie<span style="text-transform: uppercase;"> r</span>ibeiro<span style="text-transform: uppercase;"> </span>traz quinze nomes de mulheres negras
artistas de diversas áreas, desde a literatura até às artes plásticas. Leitura
necessária para abrir os nossos horizontes e conhecer um pouco mais do trabalho
de cada mulher negra que pela arte escolheu contar a sua história. Para acessar
a matéria completa clique </span><span style="font-size: 12pt;"><a href="http://confeitariamag.com/WP-CONTENT/UPLOADS/2015/03/15-ARTISTAS-NEGRAS-CONFEITARIA-MAG.PNG">aqui.</a> (Por Iasmin Soares)</span></span></div>
</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />Iasmin Soareshttp://www.blogger.com/profile/02385615497596396986noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-28841077277667118822019-04-04T09:30:00.000-03:002019-04-04T09:30:11.500-03:00Ferramentas para se tornar antirracista<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por Sofia Debbaudt<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWjnh6eU59tMq3aKmt14GmUfx0VpYX14e3_1q7VvlZrT9aKFiip0T_jjqWCczJq-ElwnHTocv9tGJTQbnvS4gkIZ_RFi40JMG_noHh54azGUGFi613Dcig9pGk-CPat5K0vGp8hVy5FZM/s1600/0f1b-os-5-momentos-mais-importantes-na-luta-contra-o-preconceito-e-o-racismo-fb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWjnh6eU59tMq3aKmt14GmUfx0VpYX14e3_1q7VvlZrT9aKFiip0T_jjqWCczJq-ElwnHTocv9tGJTQbnvS4gkIZ_RFi40JMG_noHh54azGUGFi613Dcig9pGk-CPat5K0vGp8hVy5FZM/s400/0f1b-os-5-momentos-mais-importantes-na-luta-contra-o-preconceito-e-o-racismo-fb.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoNormal">
<i><span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Descrição para cegos: A imagem mostra duas mãos dadas em
símbolo de união, uma de uma pessoa negra e outra branca.</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<i style="font-size: 12.8px;"><span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<i style="font-size: 12.8px;"><span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"> </span></i><i style="font-size: 12.8px;"><span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"> </span></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background: white; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> O texto “<b>A luta antirracista não
é uma guerra de negros contra os brancos</b>” exterioriza a discussão sobre o
racismo e os lugares sociais de brancos e negros. Trazendo à tona o mito da
democracia racial que gera a falsa ilusão de que o racismo não existe no
Brasil. A matéria mostra como todo branco é potencialmente racista no nosso
país e como isso é consequência da estrutura da nossa sociedade, que define os
lugares de superioridade e subalternidade para as determinadas cores de pele. Por
fim, o texto também oferece ferramentas para se tornar um antirracista, confira
<u><a href="https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/a-luta-antirracista-nao-e-uma-guerra-de-negros-contra-brancos/" target="_blank">aqui</a></u>.</span>rorionhttp://www.blogger.com/profile/13976607404331773527noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-21500181456206559522019-04-03T20:43:00.000-03:002019-04-13T21:49:06.302-03:00A marginalização do funk na periferia e a glamourização na elite<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-ZFm_VfFERvckH1UXnDim-sO33kt1oXe53Tqm-T7fCXinMQ-T9azJ88kzjc2RS5yE4WB7yOdjNbyqdtIWPYzyaOJo_sLtfg2ajcOrUFkRvL0N06EbomouNIWcDmA9dlnkWpGEgX_-S1g/s1600/FOTOS_GAIOLA_LGBT_28-1024x683.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-ZFm_VfFERvckH1UXnDim-sO33kt1oXe53Tqm-T7fCXinMQ-T9azJ88kzjc2RS5yE4WB7yOdjNbyqdtIWPYzyaOJo_sLtfg2ajcOrUFkRvL0N06EbomouNIWcDmA9dlnkWpGEgX_-S1g/s320/FOTOS_GAIOLA_LGBT_28-1024x683.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição para cegos: A imagem mostra
uma multidão no baile da gaiola, que acontece na Penha comunidade da cidade do
Rio de Janeiro.</span></i><b><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por Michelly Santos<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As
rachaduras feitas na história, nos mostra nitidamente os dois pesos e duas
medidas remetidos à cultura negra em contrapartida com tudo que compõe a
branquitude na sociedade. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Funk,
Hip-hop, Rap</i>, samba; a musicalidade e as nuances genuínas do povo negro são
criminalizadas, caso sejam<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>produzidas<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;"> </span></b>para consumo
no ambiente periférico e para pessoas negras. Nesse contexto é inserida a
diferença, quando é feita para a comunidade e quando é ampliada para além dela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Marginal,
palavra muito usada para desqualificar pessoas, pôr em patamar de
periculosidade. Na maioria das vezes, os atores das histórias marginais são
negros e pobres. Porém no dicionário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Aurélio</i>,
significa o que está às margens dealguma coisa. Todos os arranjos e o tudo que
constitui o cenário negro no Brasil é considerado para delinquentes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">A história
muda quando outros personagens começam a usufruir. A batida envolvente e
dançante chegou no asfalto limpo e na comodidade de civilização da zona
sul.</span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">As casas de show e boates
redefiniram suas </span><i style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">playlists</i><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> e as
alimentaram com letras de vivência periférica. O privilégio branco ecoa de
forma tranquila com a bebida mais cara em uma mão e o cigarro em outra. Eles
proferem quão bom é ser da favela. O contexto mudou e a qualificação atribuída
à cultura também.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">Pessoa
negra que usufrui da sua própria cultura é taxado como marginal, criminoso,
favelado, mas a pessoa branca que se apropria do ambiente e vivência negra é
cult.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Mas não para por aí, existe os que “enfrentam” essa
realidade de perto. Sobe o morro, entra em um baile fechado que custa um valor
que muitos moradores do local não ganham nem mesmo em uma semana de trabalho.
Mas vale pela experiência exótica. É assim que o turismo vende a favela, como
um ambiente exótico. Mas não é de se surpreender, as agências ficam, imagina
onde?! Na perifa que não é.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">É
importante dizer que o problema não está no consumo da música por pessoas que
não fazem parte da construção dela, mas na criminalização de uns e
glamourização de outros.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">Quantas
manchetes já não lemos sobre confusões em bailes funks? Todas as coisas
vinculadas das festas na periferia são noticiadas de forma sensacionalistas.
São sempre pessoas que morreram, drogas, ataques da polícia com balas de
borracha e spray de pimenta. Tudo é moldado de forma para que a
espetacularização se faça presente. A óptica usada é a racista e
preconceituosa, a que desvaloriza os atores da própria cultura.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">Quem dera
que os bailes na periferia fossem vendidos da mesma forma que são divulgados os
do asfalto.</span></div>
<br />michelly santoshttp://www.blogger.com/profile/12772308764735233220noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-73373884975350914352019-04-03T20:37:00.000-03:002019-04-15T23:49:11.941-03:00A cultura negra é popular, o povo negro não<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipyUyD1Di9cXsVbm0_OV8EvzgCGMfRvCPPmBI-DnzGoa5p36GT0gVOqO4j9x0cz5G9fb0_-CGC_saDqYQ0BtMol1sqmfNg_tXqeUkjo6k_HlML5uXCC9tP2jDWgUAO3vZx3Kv33OQtU7s/s1600/black1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="227" data-original-width="755" height="96" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipyUyD1Di9cXsVbm0_OV8EvzgCGMfRvCPPmBI-DnzGoa5p36GT0gVOqO4j9x0cz5G9fb0_-CGC_saDqYQ0BtMol1sqmfNg_tXqeUkjo6k_HlML5uXCC9tP2jDWgUAO3vZx3Kv33OQtU7s/s320/black1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição para cegos: a imagem mostra
um twitte do poeta B. Easy com a frase em inglês: Black culture is popular,
Black people are not. Em português significa: cultura negra é popular, pessoas
negras não são. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<a name='more'></a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O site
Geledés<span style="color: red;">-</span>Instituto da Mulher Negra publicou um
texto sobre a apropriação indevida da cultura negra. Nele, disserta sobre
eventos que são criados para fomentar entretenimento de muitos, os quais
desconhecem a importância de vários símbolos. A religião e aspectos importantes
genuínos da cultura negra são usados como meros artefatos de festas. Venha
entender mais clicando <a href="https://www.geledes.org.br/cultura-negra-e-popular-pessoas-negras-nao-sao-festas-neotropicalistas-e-apropriacao-cultural-indevida/">aqui</a>.</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<br />
(Michelly Santos)</div>
michelly santoshttp://www.blogger.com/profile/12772308764735233220noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713383678785848218.post-42297580218246461472019-04-02T20:47:00.000-03:002019-04-13T21:47:52.097-03:00 Slam das Carolinas promove o antirracismo no Centro de Comunicação, Turismo e Artes <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFqO2xMHa02B_XBgUwLcMBfu6iFDNnDTA3EVuUggQYN7AIcXlnMMB37dC3haCDa1TIf-Kn7TmxINDY8OXY3gq875-9dHZFlUAw3BLSFCccRdEpjBiqXKr96r2gsVX7pkZcQ8TJTrRrmXw/s1600/slamdascarolinas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1219" data-original-width="1280" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFqO2xMHa02B_XBgUwLcMBfu6iFDNnDTA3EVuUggQYN7AIcXlnMMB37dC3haCDa1TIf-Kn7TmxINDY8OXY3gq875-9dHZFlUAw3BLSFCccRdEpjBiqXKr96r2gsVX7pkZcQ8TJTrRrmXw/s320/slamdascarolinas.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Descrição
para cegos: Foto da faixa que leva o nome do Slam. Há também um pallet com
várias fotos de Carolina Maria de Jesus coladas e com o seu nome. Ao redor tem
uma árvore e uma planta menor, na entrada dos centros acadêmicos de
Comunicação, Turismo e Arte<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Por Iasmin Soares</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Na última quinta-feira (28) o Centro de Comunicação
Turismo e Artes (CCTA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi palco do
Slam das Carolinas, promovido pelo Centro Acadêmico do curso de Jornalismo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O evento contou com batalha de Mc’s, poesia e pocket shows. O Slam foi pensado pela
organização para denunciar os casos de racismo que vem sendo frequentes no
CCTA. O estopim para os alunos fazerem o ato, foi uma estudante do primeiro
período de jornalismo ter sido vítima de racismo, dentro da sala de aula e
ninguém ter se posicionado, nem o professor e muito menos, os alunos. A estudante
que passou pelo episódio de discriminação é umas das coordenadoras, do Centro Acadêmico
e resolveu não deixar a situação por “debaixo dos panos”.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Segundo Mônica Mendonça, estudante de Jornalismo e umas
das coordenadoras do Centro Acadêmico, a universidade deve abrir espaços para
as pessoas que nunca são ouvidas na sociedade, por isso a proposta de realizar um
Slam e não uma palestra. “Será que esses comunicadores têm consciência que tem
um papel importante nessa luta? Como fazer essa luta? Será que temos que dar
voz as pessoas certas? Será que a gente não deve dar voz a periferia que talvez
nunca vá conseguir entrar na universidade para vim falar? Nisso veio a
proposta do Slam, que é poesia aberta, rimas, batalha de Mc’s e todos
esses elementos de uma cultura marginal”, questinou Mônica.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Antes mesmo do evento começar, uma professora branca, do
curso de Artes, agrediu uma das organizadoras verbalmente e fisicamente. Segundo
a docente, o evento iria atrapalhar a sua aula, mesmo o Slam tendo autorização
da administração do CCTA para acontecer. A estudante organizadora, que sofreu as
agressões- que não quis ser identificada- disse sobre o caso:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">“Por volta de uma da tarde, a professora se dirigiu ao
pessoal que estava comandando a mesa de som, e disse que eles tinham dez
minutos para desmontar tudo e ir embora. Eu a vi falando com eles dessa forma,
tapando os ouvidos para não ouvir as músicas que estavam discotecando, eu
fiquei me sentindo constrangida por eles terem sido atacados”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt;"> A estudante ainda conta que foi atrás da docente para
tentar dialogar. “Eu fui atrás dela, e fiquei chamando ‘professora’,
‘professora’, mas ela continuou me ignorando, e virou com um tom alterado, pegou no
meu pulso, me puxou no sentido da direção do centro, disse que tínhamos dez
minutos para desmontar tudo e que não queria nenhuma batucada atrapalhando a
sua aula”.</span><br />
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> No entanto, a estudante afirma que comunicou à
professora que o evento tinha autorização para acontecer, mas ainda assim a
docente se mostrou inflexível e em tom ameaçador exigiu que os equipamentos
fossem desligados. “Ela virou as costas e saiu andando, e quando a gente
começou o </span><i style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">Slam</i><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> ela estava entrando na
sala de aula falando lá de cima para que eu desligasse e eu no microfone só
disse ‘boa tarde’. Depois disso, no final do evento, ela chegou em mim e
novamente fez o mesmo aperto no pulso e disse que não tinha nada contra o fato
de sermos pretos, mas que estaríamos desrespeitando a aula”, declarou a aluna.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Enquanto os participantes e estudantes estavam
denunciando os casos de racismo, no Centro de Comunicação Turismo e Arte, outra
professora com os seus alunos começaram a proferir ofensas e gritos para que o evento acabasse, mas os/as discentes continuaram a fazer as
denúncias. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A energia terminou sendo cortada, o que para
os estudantes não foi coincidência. Desse modo, o Slam foi obrigado a se mudar
para a Praça da Alegria, no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> O primeiro Slam da história do CCTA incomodou, porque
veio escancarar a face racista, hipócrita e elitista do centro. Os estudantes
prometem realizar outras edições para que pessoas negras ocupem cada vez mais os
espaços da universidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> Mônica resumiu o que desejava do evento: “A
gente espera que seja um impacto no CCTA inteiro para mostrar que existem
alunos periféricos, negros e outras demandas que não só rodas de conversa, no
cine Aruanda, ou na sala de reuniões que precisam acontecer”. O Slam das
Carolinas mostrou que narrativas marginais resistem.</span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
Iasmin Soareshttp://www.blogger.com/profile/02385615497596396986noreply@blogger.com1