domingo, 31 de março de 2019

Making off - Mulheres negras plurais

Descrição para cegos: Giovanna Cristina de trás, com a mão direita no cabelo grisalho. O fundo é todo verde.


   Por Rorion

       Making off do ensaio fotográfico "Mulheres negras plurais" realizado pela estudante de jornalismo, Iasmin Soares. O vídeo percorre a fala das modelos com a pergunta: "O que é ser mulher negra no Brasil?". 
       A estudante de jornalismo buscou como inspiração a quebra do estigma de que todas as mulheres negras são iguais, e retrata no seu trabalho a singularidade presente na vivência de cada uma das convidadas. Assista o vídeo a seguir:


sábado, 30 de março de 2019

A história da gigante do tênis



Por Sofia Debbaudt

Descrição para cegos: A imagem mostra Serena Williams com traje tenista, representando a bandeira dos Estados Unidos. Com a mão levantada e o punho fechado, ela simboliza a luta da resistência negra.

Quem é Serena?

       Serena Jameka Williams, ou apenas Serena Williams, mulher, negra, feminista, militante, tenista. Nascida em SaginawMichigan, nos Estados Unido no dia 26 de setembro de 1981, é a personagem da história de hoje.

Marielle, semente: quando a perda reverbera em luta

Descrição para cegos: Na imagem Marielle Franco aparece da cintura para cima, com um vestido colorido, de estampas florais. Ao fundo da vereadora, há uma favela desfocada. Ela está sorrindo.



Por Ana Beatriz Rocha



Todos os dias a tv exibe notícias sobre vida que deixou de ser vida e partiu daqui sem dizer adeus. Dia após dia são tiros, facas, acidentes, catástrofes naturais. Todos os dias morrem, e todos os dias matam. As ruas pareciam mais cinzas dia 14/03, asfalto quente, cidade erma. A atmosfera se preparava para um silêncio sepulcral, depois das 21h algo acabaria ali. Algo iria sem data de retorno, carta de despedida ou um mísero porquê.

Ela se foi.

Homens perversos a cercaram como quem traz de longe uma sentença de fim. Treze disparos, quatro a acertam. Cabeça e pescoço. O cheiro fétido de um sangue que jorra todos os dias no asfalto das favelas, um sangue barato e já conhecido dos piores homens do país. Com as mãos sujas eles se vão, sem a culpa da vida usurpada. No dia seguinte, todos sabem teu nome, todos procuram razões.

Sentidos.

Tu carregava nas costas a infância na periferia, pelas ruas da Maré, tu, menina, caminhava com os sonhos nas mãos, e as opressões tentando vendar seus olhos, e impedir seu caminho. Fosse em linha reta como quem o passado não vê, correndo pelo amanhã que em vitória chegaria.

Aos 11 as barbies deram lugar ao trabalho. Preta e pobre, aos pais tinha de ajudar, a casa tinha de alimentar.

Persistiu.

A luz viria ser dada aos 19, de ti nasceu Luyara, a quem tu ensinaria que a mulher preta tem como sobrenome luta, a cabeça erguida e o peito ardendo em chamas para as amarras do machismo e racismo queimar.

Me pergunto qual sentimento tu nutria ao se ver vencendo as estatísticas, diuturnamente. Entrou na academia, gritaram: olha lá, uma favelada cientista, uma cientista favelada. E tu assentiu, não negou raízes, as fincou no terreno dos opressores e fez brotar as sementes de uma jornada de amor.

Amor proibido.

Numa soma de interseccionalidades teu amor fez morada numa mulher. Visceralidade afetiva, desde cedo uma da outra, enquanto o mundo as interrompia com mandos e desmandos de quem desconhece que o afeto genuíno não se restringe a heteronormatividade. Até hoje tua Monica chora tua partida, até aqui te declara amor como quem não largará jamais a mão de quem a pediu em casamento contrariando todas as declarações de ódio a corpos que só estavam sendo corpos reais, sem se importar com impressões alheias. Foi ao lado dela que o grito de vitória política veio, interno, agudo e com um eleitorado sussurrando: finalmente, ela chegou lá.

Ela entre eles.

Se fazendo presente e urgente tu chegou a câmara, pautas palpáveis para os que são sempre esquecidos. Levou junto mães solo, os jovens pretos e afetados pela lógica tirana do capital. Reivindicou contra a intervenção militar que mais corpos pretendia estirar, apontou o dedo ao Estado genocida para cuspir na cara que a violência policial tinha que acabar. Tua voz era incessante, desassossego das milícias, defendia até integrantes da polícia, que também vítimas do sistema perdem sua humanidade em prol de aprisionar existências dominadas. Cada fala era uma abraço, fazia de plenárias quilombos, onde teu povo tinha orgulho de se ver sendo lembrado e representado.

Memórias.

Após a partida tu merecia flores, mas alguns te jogaram coroas de espinhos. Caluniaram a preta que nada de mau havia feito. Sim, a carne negra é a mais barata até depois de morta. Tais chorumes, dejetos humanos foram capazes de tentar apodrecer teu nome nos tabloides. Não vingaram. Teu povo se ergueu feito tropa, que jamais deixaria nossa valente guerreira ser lembrada por menos do que a imensidão que foi em vida. E é na morte.

Saudade.

Seu rosto estampa bandeiras, seu nome placas azuis que remetem a nomeação de ruas, pois te queremos liderando nossas jornadas. Nossa gente te acende velas, clamando aos nossos ancestrais para que guiem teus caminhos não terrenos. Um pedaço de cada um de nós se foi junto a ti, tu era tantas e tantos, tu era o grito que há tempos vinha calado e hoje é latente. Presente, tal qual tu, Marielle.

Tu é semente, e nós ansiamos pela colheita. Quando a emancipação real chegar, teu nome estará estampado em faixas e cartazes de comemoração. Gratidão.

Com amor, teu Brasil preto. 

sexta-feira, 29 de março de 2019

Quem são as mulheres negras que transformaram o país mas foram esquecidas pela História oficial

Descrição para cegos: Uma ilustração, onde aparece um desenho de mulheres negras, de perfil, uma olhando para a outra, remetendo companheirismo. Cores cinza e lilás.

Por Ana Beatriz Rocha 


       O repost de hoje é de um texto de extrema relevância, que traz à tona a importância de revirarmos a história contada sob a perspectiva branca e eurocentrada em busca de mulheres negras que marcaram seu, e o nosso tempo. Ao longo do registro, a redatora Ana Paula Blower reitera a necessidade de falarmos sobre os feitos de mulheres negras, sem reduzí-las ao papel de esposa ou índices ainda mais diminutivos. Um texto necessário para a reflexão acerca do papel social de mulheres negras, e de como a sociedade sempre tenta barrar nossa ascensão.
                                                                                               
Acesse o link da matéria aqui

quinta-feira, 28 de março de 2019

A luta na ponta dos pés

Por Sofia Debbaudt
       
       Na favela carioca, mulheres negras encontraram no balé um espaço para lutar pela igualdade racial e de gênero



Descrição da para cegos: Na imagem há quatro meninas, de aproximadamente 6 a 10 anos, dançando balé em fila indiana, em uma quadra. No fundo da imagem, por atrás da tela vazada da quadra, pode-se ver a favela de longe, seus morros e suas luzes e o céu. A fotografia é escura e foi realizada momentos após o pôr do sol, devido a cor do céu. 

       Matéria publicada pela VICE- maior grupo de mídia global e digital focada em jovens- sobre aulas de balé para meninas negras, no ambiente hostil da favela, enfatiza os obstáculos vivenciados pelas meninas negras e pobres do Brasil. “Ser pobre, ser negra e ser mulher... falar isso para alguém é o mesmo que dizer: só serve para fazer filho”, frase dita por uma das meninas entrevistadas, que também diz: “mulher negra pode viajar, pode falar outras línguas, pode ser empresária, ela pode ser o que ela quiser”. O feminismo negro representa isso, a luta das mulheres negras para nivelar seu lugar ao das brancas, pois se há tanto para as feministas brancas lutarem, imagina para as negras, que ainda nem conseguiram igualdade em comparação as do seu próprio gênero. 

       Confira a reportagem completa aqui

quarta-feira, 27 de março de 2019

Por uma educação (trans)formadora


Descrição para cegos: da direita para a esquerda – em frente a uma casa com paredes verdes a mãe de Maria Clara de Araújo raspa a sobrancelha direita da filha enquanto a recém- aprovada no vestibular sorri. Foto: Cafécomt

Por Rorion      

           Maria Clara Araújo, mulher, negra , trans, e pedagoga em formação, durante sua participação no TEDxUFPE,  fala sobre a educação enquanto fator libertador, principalmente para comunidades tratadas com indiferença, como transexuais e travestis.
       Ela se auto-declara como mulher transexual e discute como nossa sociedade negligencia os corpos que não seguem o padrão hegemônico cisgênero. Também expõe as problemáticas em torno da vivência de transexuais e travestis no Brasil, que de acordo com dados de 2018 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a cada 48 horas uma pessoa trans é assassinada no Brasil.
       A estudante de pedagogia enxerga na educação, como ela mesma fala, um caminho de (trans)formação, uma ferramenta que possibilita para essa comunidade uma vida para além do estigma. Assista aqui a palestra da  Maria Clara Araújo, no TED.

terça-feira, 26 de março de 2019

O racismo da minha cor e a gordofobia do meu corpo

Descrição para cegos: Nesta imagem Carol está de perfil, cabelo solto e olha fixamente para a câmera. Foto: Michelly Santos.


Por Michelly Santos

       Ressignificar a existência do corpo e da funcionalidade dele é um desafio para os que estão imersos em um modo constante e instantâneo da perfeição já fabricada. A construção do padrão de feminilidade, alinhada à estética, em particular, é massivamente baseada na beleza eurocêntrica, branca e magra, a qual é comprada e endeusada por mecanismos capitalistas e de higienização racial.

Maju na bancada do JN: comemoração ou atraso escancarado?

Descrição para cegos: Maju Coutinho sorrindo no cenário do Jornal Nacional de fundo.


segunda-feira, 25 de março de 2019

Mulheres negras plurais

Descrição para cegos: Carol e Alessandra uma de costa para outra, sorrindo, imagem focando o busto. Fundo branco com uma planta.

Por Iasmin Soares

O ensaio fotográfico- “Mulheres negras plurais”- foi pensado para quebrar o estereótipo de que só existe um tipo de mulher negra.  As mulheres negras são diversas e maravilhosas. O principal ponto do ensaio é trazer a essência dessas mulheres incríveis que tive a honra de fotografar. O ensaio contou com a participação das modelos: Giovanna Cristina, Laianna Janu, Ana Beatriz, Jade Vaccari, Caroline Figueiredo, Alessandra Vilela e Natalia Melo.

A solidão da mulher negra: da infância a terceira idade

Descrição para cegos: Mulher negra com expressão facial pensativa, com a mão apoiada no queixo. 




Esse texto fala sobre uma temática que faz parte da vida das mulheres negras, um assunto muito importante para ser debatido e refletido na nossa sociedade atual. A autora traz a solidão não só de forma afetivo sexual, mas em uma perspectiva da infância, adolescência, vida adulta e terceira idade. Para acessar o texto clique aqui (Por Iasmin Soares)

sexta-feira, 22 de março de 2019

Se a rua Beale falasse: o amor negro é um ato de revolução

Descrição para cegos: Traz o casal protagonista em primeiro plano, foto colorida, o casal está abraçado, com os rostos bem próximos e olhos fechados, momento de troca de carinho, expressão facial de tranquilidade em ambos.


              Por Ana Beatriz Rocha


       A resenha em questão é um sensível registro e análise de um filme que subverte a imagem de amor romântico e os estigmas das pessoas negras na sociedade. O resenhista Glauber Cruz nos desperta o desejo imediato de assistir a obra cinematográfica, baseada em livro homônimo. Através do texto sabemos que o filme retrata a afetividade de um casal afrocentrado, que tem sua história de amor interrompida por temas como encarceramento em massa, mito do estuprador negro, apreensão da protagonista em ser uma possível mãe solo e muitos outros desafios enfrentados pelo segmento negro na sociedade. O texto traz fluidez e delicadeza ao mostrar o quão inovador é o filme ao pôr um casal negro e sua relação romântica como pauta central, derrubando estigmas existentes sobre determinado grupo, mas reivindicando sobre processos genocidas presentes até hoje. Clique aqui para ler a resenha.

      Descrição para cegos imagem: Traz o casal protagonista em primeiro plano, foto colorida, o casal está abraçado, com os rostos bem próximos e olhos fechados, momento de troca de carinho, expressão facial de tranquilidade em ambos.

      Descrição para cegos imagem 2: O casal aparece sorridente, abraçados e sentados em um sofá.

      Descrição para cegos imagem 3: O casal está em pé, de costas, caminhando pelo meio da rua numa noite de chuva.



Contra o racismo, o filme “Pantera Negra" destaca a cultura africana

Descrição para cegos: A imagem se refere ao elenco principal do filme Pantera Negra. No primeiro plano, os personagens Zuri, W’Kabi, T’Challa e Ramonda estão de pé, olhando para frente. No segundo plano, os personagens Erick Killmonger, Nakia, e Shuri estão sentados em uma escadaria rústica de pedra, enquanto Okoye está de pé. O local é escuro e feito de pedras.
Por Sofia Debbaudt


       Um dos filmes mais aguardados de 2018, Pantera Negra, gerou grande agitação, pelos amantes do universo cinematográfico e pela população negra. A obra representa a cultura e a história do povo africano, sendo o primeiro filme da Marvel a ter heróis e protagonistas negros, algo inédito na história do cinema.



quinta-feira, 21 de março de 2019

Documentário da VICE retrata o funk como expressão da cultura negra

Descrição para cegos: Na imagem há uma multidão em um baile funk, em uma favela do Rio de Janeiro. Está no período da noite, a imagem traz uma sensação de movimentação por parte das pessoas. Além disso, há muita cor e luz artificial.
Foto: Vincent Rosenblatt/ Agência Olhares.


Por Sofia Debbaudt

       O grupo de mídia digital, VICE, produziu um documentário sobre o funk do Rio de Janeiro. O documentário retrata este ritmo musical como expressão da juventude negra e do seu cotidiano.

       Após a abolição da escravatura, o estado carioca sofreu grandes transformações, que resultaram no processo de remoção urbana e favelização da população afrodescendente. O documentário mostra como o descaso governamental contribuiu para a não garantia das condições mínimas de qualidade de vida e preservação da dignidade humana ao povo negro.

       Assim, abriu espaço para a consolidação do funk, que nasceu não apenas como um estilo musical, mas como instrumento de expressão, resistência e uma “válvula de escape” do cotidiano de quem vive nos morros do Rio de Janeiro. 

       Clique aqui para acessar o documentário Funk 150 BPM. 


Apropriação do mundo negro e folclorização da afrocultura


Descrição para cegos: Montagem de Iemanjá, a esquerda uma Iemanjá negra, remetendo a real representação da cultura africana. A direita uma Iemanjá branca no meio do mar, representando o produto do sincretismo religioso.


Por Ana Beatriz Rocha


É inegável que estamos no olho de um furacão tecnológico que, por vezes, parece que só faz assimilar ou excluir indivíduos, se baseando no quão atentos ou interessados estão sobre das principais discussões no âmbito digital. Me permito uma licença poética para dizer que o Brasil sempre foi um país “metido a besta”, do tipo que se importa muito com a imagética que os de fora construirão sobre ele. E pode ter certeza, a construção da autoimagem da população não ficaria ilesa diante disso.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Racionais Mcs, masculinidade e o choro de Jesus

Descrição para cegos: da esquerda para direita – a foto mostra três homens de costas para a câmera, um de camisa preta; outro com uma blusa de time, escrito “Mano Brown” e um terceiro que só mostra metade das costas, que está vestindo um blusão estampado com capuz. Foto: https://quilombocibernetico.home.blog/2019/01/24/racionais-mcs-masculinidade-e-o-choro-de-jesus/ 
       "Racionais Mcs, masculinidade e o choro de Jesus" é um artigo de opinião escrito por Matheus Morais Inácio, disserta sobre a importância do grupo Racionais Mcs e a abordagem de suas músicas, que retratam cruamente a realidade da comunidade negra e pobre brasileira e sua marginalização entre temáticas que vão de violência e drogas à toxidade masculina.  
       Se utilizando como base uma das músicas da vasta obra do grupo,      "Jesus Chorou" do CD "Nada como um dia após o outro dia", resenha a canção sempre colocando em evidência a vulnerabilidade do ser humano, suas angustias e anseios. Interpretada por Mano Brown e a versatilidade do seus versos, se aprofunda no significado da música por ser cantada por um homem negro periférico, que ensinado desde pequeno a ignorar seus sentimentos, se contrapõe ao estereótipo e assume sua vulnerabilidade. A fragilidade transmitida pela musica guia a escrita de Matheus, que percorre por essa aclamada obra dos Racionais MCs. Acesse aqui.

O Grammy e o boicote a vitória de artistas negros


Descrição para cegos: A imagem mostra um gramofone sob o nome The Grammys no centro da imagem enquanto ocorre uma chuva dourada de faíscas. Fotohttp://atdigital.com.br/blognroll/2018/01/grammy-2018-veja-os-clipes-indicados-a-categoria-melhor-clip/
Por Rorion


       Em seu histórico embranquecido, tanto de vencedores quanto de banca avaliadora, o Grammy se estabelece enquanto o maior prémio da musica mundial. Carregado de grande credibilidade, a estatueta em forma de gramofone traz consigo um caráter de elite ao atribuir status aqueles que o possuem.

terça-feira, 19 de março de 2019

Desfile da Mangueira traz a história dos ausentes do Brasil


Descrição para cegos: Na imagem aparece a bandeira do Brasil com as cores da escola de samba Mangueira. O retângulo com a cor rosa, o losango da cor branca, o círculo com a cor verde e uma a lista em cima do círculo na posição horizontal com as palavras: índios, negros e pobres na cor rosa. (fonte: Ecologia dos saberes)

Por Michelly Santos


       Já era madrugada do dia (5) de março de 2019, terça-feira de carnaval, quando a Estação Primeira de Mangueira entra na Sapucaí, na cidade do Rio de Janeiro. O desfile da verde e rosa era um dos mais esperados pelo o público, desde que lançaram o samba-enredo da escola fluminense, já emocionara boa parte das pessoas que ouviram e se identificaram com a canção. 

Negritudes Brasileiras (DOC produzido por Nátaly Neri)

Descrição para cegos: na imagem aparecem seis mulheres negras com diferentes tons de pele, vestidas com ternos, e estão perto uma da outra demonstrando união. Na parte inferior da imagem aparece a hashtag (#CreatorsforChange), nome dado para o projeto desenvolvido pelo o Youtube. 




Por Michelly Santos
       Nátaly Neri é graduanda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo e como consequência de suas vivências estuda educação crítica com recorte étnico. Ela cria conteúdo para internet, mais fortemente para seu canal no youtube (Afros e Afins), plataforma que alimenta com conteúdos diversos de empoderamento e consciência negra. Nesse documentário, idealizado por ela e produzido por Gleba do Pêssego, são abordadas as questões da negritude brasileira para o projeto do youtube (#creatorsforchange). Como por exemplo:

1.Consciência racial;
2. estereótipos que, por anos foram e ainda são atribuídos a população negra; 
3. objetificação dos corpos negros;
4. o colorismo e a desmistificação do racismo. Clique aqui para assistir o documentário.


segunda-feira, 18 de março de 2019

Basquiat do Rap quebrando rótulos em “BLUESMAN”

Descrição para cegos: na imagem há um homem negro de pé curvado para trás tocando uma guitarra, ao fundo uma parede de pedra branca com duas janelas com grade de quradradinhos. Ao redor do homem está uma linha branca que forma um quadrado e nos cantos da imagem tem números e a cifra da música.


        Esse texto é uma resenha completa sobre o álbum “Bluesman” do artista baiano Diogo, mais conhecido na cena do rap como Baco Exu do Blues. O autor da resenha analisa o álbum como um conjunto e também cada música separadamente, articula os assuntos das canções com problemas raciais e sociais que a população negra enfrenta no Brasil. Leia a análise clicando aqui. (Iasmin Soares)

Corra

Descrição para cegos: Foto do cantor de rap Djonga com uma afeição de susto em fundo avermelhado. Por cima do seu rosto está escrita a palavra corra e o seu nome. Há traços que formam nove retângulos na fotografia.


Por Iasmin Soares 

       Djonga, cantor mineiro, é um dos maiores nomes da cena do rap brasileiro. O artista ficou mais conhecido a partir do ano de 2016 quando lançou uma música intitulada “olho de tigre”. A partir daí sua carreira só foi crescendo, lançou dois álbuns e sempre é convidado para fazer participações em músicas de outros artistas.
       Para a análise,  foi escolhida a música “Corra” do seu segundo álbum (O menino que queria ser Deus).