terça-feira, 15 de março de 2016

O desafiador feminismo negro

Descrição para cegos: A imagem mostra uma mulher negra de turbante olhando para a frente. Metade de seu rosto está iluminado e outra metade está na sombra.
Refletir sobre o 8 de março é lembrar que o movimento feminista negro enfrenta 
grandes obstáculos. Maiores ainda que os que enfrentam as mulheres brancas. Ser 
afro e mulher, no Brasil, ainda é um desafio. O preconceito não dá trégua, ele é 
arcaico e sem escrúpulos. Já imaginou sofrer preconceito dentro de um movimento 
que luta contra uma modalidade deste? É assim que acontecia e ainda acontece na 
relação das mulheres brancas e negras no movimento feminista. Essa relação 
histórica foi explicada na sessão “Querelas”, no site Lugar de mulher, que aponta o 
quanto sofreram as mulheres negras, para serem reconhecidas como pessoas, 
enquanto as mulheres brancas já lutavam por seus direitos de trabalho e voto. 
“Quem tem medo do feminismo negro?” Para ler o artigo, clique aqui. (Vitória Nunes)

quarta-feira, 9 de março de 2016

O que não cabe é seu preconceito

Descrição para cegos: a foto retrata a estudante Márcia Lima, à esquerda. Ela está maquiada, utiliza um colar no pescoço e tem cabelo black power.

Por Vitória Nunes


        “Cabelo não é identidade, tanto é que você corta” – essas foram as palavras do Diretor institucional do Sitrans, Anchieta Bernardino, em entrevista ao programa da Rede Globo Encontro com Fátima Bernardes. O diretor se referia ao cabelo da estudante Márcia Lima, de Campina Grande, que foi impedida de fazer o cartão de passe estudantil por causa do seu cabelo black power.
         O caso aconteceu em um terminal de integração da cidade de Campina Grande e repercutiu tanto nas redes sociais que Márcia também foi entrevistada em jornais e programas televisivos locais e de Rede Nacional. A estudante portava todos os documentos solicitados e realizara os procedimentos necessários, mas não conseguiu fazer o cartão de passagem para ônibus, pois, segundo a empresa responsável, ela teria que mudar a foto que havia levado para o cadastro. Intrigada com a situação, Márcia questionou e a responsável pelo sistema alegou que a estudante deveria tirar a foto com os cabelos presos para que o procedimento validasse.