sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Os desafios de uma jornalista negra

Descrição para cegos: a foto mostra a jornalista Maria Júlia Coutinho, da Rede Globo. Ela segura um papel com o símbolo do Bom dia, Brasil e está diante de um mapa do Brasil, que está cheios de símbolos utilizados na meteorologia. Ela aponta para uma das regiões do mapa.
Por Marijane Mendes

Para ser negra e jornalista no Brasil é necessário se portar como um centroavante, alguém que está em uma posição mais avançada, aquele que chega primeiro. É necessário ser muito forte para não se deixar abater. Os olhos por muitas vezes ficam cheios de lágrimas, mas se o objetivo é ser jornalista, as dificuldades podem fazer balançar, mas não podem deixar cair.
Ao ingressar na faculdade a menina logo ouve os avisos de que não vai conseguir trabalhar na TV com o “cabelo assim”. A futura jornalista fica triste, engole seco sem saber por que tem de ouvir tudo aquilo. Quem perguntou? Ela ainda é aconselhada de que até poderia trabalhar na televisão, mas desde que seja em um programa diferente, com o segmento musical. Amuada, acaba aceitando e nem se interessa pelas aulas de telejornalismo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Crianças têm atitude racista desde a primeira infância

Descrição para cegos: a foto mostra a professora Giovanna Barroca, cujo nome está destacado no canto superior esquerdo em letras amarelas. Ela sorri para a câmera. Ao fundo, há algumas pessoas sentadas em uma lanchonete.
Isso foi constatado pela professora de Psicologia da UEPB Giovanna Barroca e pela aluna da UFPB Dione Camilo em pesquisa sobre o preconceito infantil. O estudo foi realizado com 99 crianças de quatro a cinco anos, alunas do ensino público e privado. O levantamento foi feito através do método proposto por Clark e Clark em 1947, no qual são apresentadas uma boneca branca e uma negra. O objetivo da pesquisa é coletar dados sobre a preferência de cor e o relacionamento entre brancos e negros. Eu entrevistei a professora Giovanna. Confira abaixo. (Marijane Mendes)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Resenha do filme Histórias Cruzadas

Descrição para cegos: a imagem é a capa do filme Histórias Cruzadas, cujo nome está destacado no canto superior direito. À esquerda, vê-se algumas imagens do filme. À direita, duas personagens negras estão em pé e duas personagens brancas estão sentadas em um banco de praça.
Por Jullyane Baltar

         A história se passa em Mississipi, Estados Unidos da América, na década de 1960, período em que Martin Luther King fez seu discurso “Eu tenho um sonho” no evento conhecido como Marcha de Washington pelo Trabalho e pela Liberdade, que defendia direitos iguais para todos diante de cerca de 250 mil pessoas. 
        A história principal gira em torno de uma jornalista recém- formada chamada Skeeter. Ela sonha em ser escritora e ao voltar para a cidade que nasceu e foi criada, se incomoda com o racismo espalhado como se tudo fosse normal. Após algumas situações, as empregadas domésticas começam a criar coragem para falar com Skeeter sobre suas vidas e seus empregos. Com dificuldade e causando algumas confusões, consegue depoimentos de mais de 12 mulheres que sofreram vários tipos de preconceitos em uma época na qual os negros apesar de libertos da escravidão, vivem de forma humilhante devido à segregação racial ainda existente. 
       

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Ruim é o seu preconceito

Descrição para cegos: a foto preto e branco mostra o rosto de uma jovem negra, que sorri para a câmera.
Por Marijane Mendes
A ditadura do cabelo liso é uma construção social, uma opção de quem realmente quer mudar ou acha mais fácil e bonito ter um cabelo desse tipo. Essa construção nasce entrelaçada ao preconceito racial tornando-se parte da destruição da autoestima de meninas negras, que se tornam mulheres sem conhecer seu verdadeiro cabelo por, desde cedo, terem aprendido a negá-lo.
O termo “cabelo ruim” é empregado para se referir a cabelos crespos, pois cabelo “bom” é cabelo liso e à medida que se carrega algo ruim no seu corpo como pode ter autoestima? É um ato político assumir a estética negra em uma sociedade em que as normas e padrões eurocêntricos já estão enraizados na cultura e sustentados pelo tripé da ditadura do alisamento, chapinha e progressiva.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Herança da ditadura persiste nas políticas para povos indígenas

Descrição para cegos: a foto retrata Carla Negócio, cujo nome está escrito no canto superior esquerdo. Ela sorri para a câmera.
A afirmação é de Carla Negócio, mestranda em Direitos Humanos da UFPB. Segundo ela, durante o Regime Militar, o Estado promoveu diversos abusos contra a população indígena. Dentre as atrocidades, a violência física e verbal, descaracterização cultural e adequação aos modos da sociedade urbana.
Eu entrevistei Carla que deu mais explicações sobre a situação do índio nos dias atuais.Confira abaixo.(Jullyane Baltar)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Filhos da Pátria Amada

Por Talita Lourenço

Filho do solo brasileiro
Descrição para cegos: a ilustração mostra um menino índigena.
Povo nativo, guerreiro
Índio do meu Brasil

Com flecha e arco na mão
Inicia a luta à procura
Lança atirada numa direção
Caça, cultura do ganha pão

Não é só caçar, matar
Índio sabe cuidar, plantar
É uma mistura, cultura

Segue o ditado
“É dando que se recebe”
Homem e natureza em união
Juntos, a sustentabilidade se percebe

Sustentabilidade cultural, natural
A natureza sustenta o índio
E o índio a natureza
Ciclo de vida, que beleza!

Que beleza, ciclo natural

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Educação das relações étnico-raciais na rede municipal de educação de Goiânia-GO - resenha


Descrição para cegos: a imagem mostra Tainara Jovino, ela está sentada e sorri para a câmera. Ao fundo, estão uma praia e algumas palmeiras.
Por Jullyane Baltar

Dentro do tema Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-Raciais: Desafios para a Promoção da Igualdade, Cidadania e Democratização do Espaço Escolar, a mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Goiás, Tainara Jovino, apresentou sua pesquisa com abordagem específica em Educação das Relações Étnico-Raciais no contexto da Rede Municipal de Educação de Goiânia, no VIII Seminário Internacional de Direitos Humanos da UFPB, realizado de 8 a 12 de dezembro do ano passado.
Durante a pesquisa de campo, ela foi orientada pela Secretaria Municipal de Educação de Goiânia a procurar a Escola Municipal Marcos Antônio Dias Batista, que estaria trabalhando com a perspectiva da lei 10.639/11.645, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio brasileiras.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O impacto do racismo na infância

Descrição para cegos:  ilustração mostra quatro crianças. Três estão no canto esquerdo em atitude hostil contra a quarta, que está acuada no canto direito. A sombra das três crianças se projeta contra a quarta.
As crianças aprendem desde cedo, no entanto, é normal associar esse aprendizado a coisas boas e encantadoras. Todavia, é bom levar em consideração que também pode-se aprender o que não é tão bom assim. Embora as crianças sejam capazes de captar muitos elementos que estão implícitos ao seu redor, ainda não possuem o repertório necessário para ter uma visão crítica. O texto de Maria Rita Casagrande, publicado no Blogueiras Negras mostra que a intolerância e o racismo também se aprendem na convivência com adultos, pessoas em quem as crianças normalmente confiam e acreditam. 
Confira o artigo aqui. (Marijane Mendes)