segunda-feira, 28 de julho de 2014

O fotógrafo do Brasil profundo

Descrição para cegos: A foto retrata três indígenas, vestidos com roupas gastas e rodeados por pedaços de pau e lixo. O índio do meio está com um cocar. Ao fundo, vê-se vegetação cerrada.
“A última trincheira” é o título de um dos trabalhos mais intensos já realizados pelo fotógrafo Gabriel Ivan sobre os povos indígenas do sul do Amazonas. O fotógrafo relata em entrevista ao Hypeness , a experiência vivida por ele durante suas quatro viagens a Humaitá, e mostra um pouco do trabalho de quem manteve contato direto com a etnia Tenharim, uma parte do Brasil que ele chama de profundo. (Poliana Lemos)

terça-feira, 15 de julho de 2014

Copa 2014: a diferença entre dizer não ao racismo e fazer alguma coisa contra ele

Descrição para cegos: a imagem em fundo preto traz a hashtag #SayNoToRacism destacada em letras brancas (tradução: DigaNãoAoRacismo).
Foto: Thais Vital

A campanha da FIFA nesta copa no Brasil teve como foco o racismo no futebol. Em todos os jogos a faixa com a frase “Say no to racism” foi erguida. É louvável a iniciativa de que num evento mundial esse tema ganhe destaque. O problema é que nada foi feito efetivamente para evitar esse tipo de violência nem para disseminar a cultura afro-brasileira. É sobre essa campanha feita somente “pra inglês ver” que o texto extraído do Portal Geledés fala. (Thais Vital)

domingo, 13 de julho de 2014

Negros têm três chances mais de ser vítima de homicídio no Brasil

       
Descrição para cegos: a imagem mostra uma roupa preta de bebê amarrotada, que contrasta com o fundo branco.
Foto: Wanderson Fernandes

      Ao ligar a televisão e sintonizar nos programas policialescos, o número de pessoas negras que aparecem nas matérias é bem maior do que as de outras raças. O problema é o modo de como elas são mostradas, geralmente em cenas de prisões, crimes de modo geral, e vítimas de homicídio.
       A Paraíba é o segundo pior estado no Nordeste e o terceiro no país para pessoas negras viverem. Um estudo realizado pelo o Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas, o IPEA, no ano de 2013, demonstra que a possibilidade de um homem negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes mais do que a de um homem branco, o que leva a expectativa de vida de um homem brasileiro negro ser menos da metade que a de um branco. Para os pesquisadores, um dos principais motivos para esse alto índice de violência contra a comunidade negra são as condições sociais e o racismo.
     O estereótipo construído ao longo dos anos, o qual liga os negros a diversas modalidades de crimes, influencia diretamente nas posturas dos policiais, dos vigias, vigilantes e até mesmo de pessoas comuns. Não é difícil encontrar alguém que já tenha se desviado de uma pessoa negra, ao encontrá-la no caminho, com medo de ser, no mínimo, assaltado.
Mas, o que fazer para se desconstruir esse modo de pensamento impregnado na mente durante tanto tempo?
Creio que o ponto inicial deve ser dado por nós, jornalistas e formadores de opinião. Cabe a nós mostrar que necessitamos de segurança e justiça para todos e não para poucos. O crime independe de raça, gênero e religião. É um problema social e não racial.
Wanderson Fernandes