quinta-feira, 15 de junho de 2017

Negros estão entre as menores rendas do Brasil

A distribuição de renda é somente uma das dimensões da desigualdade na região analisadas no relatório anual “Panorama Social da América Latina 2016”. Foto: EBC
Descrição para cegos: foto de um beco com casebres sem reboco, com sujeira e esgoto a céu aberto. Em primeiro plano uma menina e um homem se voltam para a câmera. Ao fundo, duas mulheres caminham enquanto atrás delas uma criança corre com bexigas na mão.
 
A ONU publicou no fim de maio o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) o qual demonstra que a população negra está entre as menores rendas do Brasil, fazendo um comparativo com a população que não é afrodescendente. Uma desigualdade que se manifesta nas relações socioeconômicas, territoriais e de gênero, sendo que esta última tem como evidência mais eloquente na situação das trabalhadoras domésticas. A matéria completa você encontra aqui. (Annaline Araújo)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

A negligência com a história do povo negro


Descrição para cegos: foto da jovem Sarah Forbes Bonetta, em vestido longo, em pé diante de uma cadeira de ferro onde apoia as mãos; o chão tem algumas folhas secas e o fundo da imagem é preenchido por plantas de um jardim.

Sarah Forbes Bonetta,
menina ex-escravizada, é a prova de como o povo negro é excluído da História. Na matéria divulgada no site Hypeness, é contada a trajetória da jovem Sarah que, em 1848, estava prestes a ser morta em Serra Leoa quando foi salva por um capitão do exército inglês e terminou se tornando afilhada da rainha Victória. Esse tipo de omissão é bem comum quando se trata da história do povo negro que, durante séculos, foi marginalizado e torturado. Tais transgressões se perpetuam e não ferem apenas o corpo dos que sentem essa dor, mas também a alma e sua tão rica história que é negligenciada como forma de tentar silenciar a riqueza que a circunda. Confira a matéria na íntegra aqui. (Elizabeth Souza)

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Escolhi resistir!


Descrição para cegos: foto sombreada com uma flor sobre o ombro de uma mulher.

Por Elizabeth Souza

Escolhi resistir, lembro bem o dia e o lugar.
Escolhi resistir e não me calar perante termos jocosos que tentam me desqualificar.
Escolhi resistir e não me permitir entristecer com comentários negativos como: “teu cabelo é muito cheio”, “não é melhor alisar, não?”, “menina, e essa testa?”, “nossa, teus olhos são muito grandes!”.
Escolhi resistir e não me permitir assistir impassível ao racismo que mata, fere e destrói vidas.
Escolhi resistir todas as vezes que disserem que minha pele é quase branca numa tentativa de deslegitimar minha herança genética.
Escolhi resistir e não silenciar sempre que alguém disser que eu tenho que me contentar com as migalhas que a mim forem oferecidas porque, na visão deles, não estou podendo escolher.
Escolho! Escolho sim! E as minhas escolhas estão preenchidas por alguém que vai muito além do que um outro possa me oferecer. O que eu busco está em mim: a paz, o sossego, o amor próprio e a força necessária pra encarar essa sociedade preconceituosa e intolerante.
Escolhi resistir e essa é uma escolha diária, que tem se renovado a cada manhã, na tentativa de também alcançar outras pessoas, pois não adianta reter essa energia só pra si, é preciso transbordar.
Não quero somar na falta de amor, na intolerância e desigualdade que têm sufocado a sociedade.
Vou fazer diferente, escolhi resistir.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Grupo de meninas do Ceará cria projeto de empoderamento negro na escola

Descrição para cegos: foto das idealizadoras do movimento Crespianas ao lado do professor orientador.

O Crespinianas foi idealizado por três alunas do Colégio de Ensino Profissionalizante Professor José Augusto Torres, em Senador Pompeu, no Ceará. Orientadas pelo professor Denis Lima, as estudantes Giselle Biana, Joice Batista e Yasmim Lima estão à frente do movimento. O Crespinianas desenvolve atividades em escolas públicas e privadas desde 2015. No ano passado, conquistou a segunda posição na Feira Regional de Ciências e Cultura, organizada pela Secretaria de Educação do Ceará. Desde então, as meninas têm sido convidadas para discutir empoderamento negro em outras escolas e até mesmo universidades da região. Ouça a entrevista da repórter Renata Torres para o Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110KHz) produzido pela disciplina de Radiojornalismo da UFPB. (Annaline Araújo)
                                     

domingo, 4 de junho de 2017

MPF publica material didático contra o racismo

Descrição para cegos: capa da cartilha com
desenho de casal indígena com pintura típica
e cocares, acenando. Em torno deles há
vegetação e, no chão, entre os dois, há uma
tartaruga. No braço dela, há um sagui.
 Acima do desenho, o título da cartilha:
"Para fazer de nossa sociedade um lugar
livre de preconceito contra os povos indígenas"
Por Annaline Araújo
Um material didático em versão digital com informações para o combate a atitudes preconceituosas, racistas e discriminatórias contra povos indígenas, foi publicado pelo Ministério Público Federal (MPF), em maio.
A produção do material é resultado de um acordo assinado em Santarém, no Pará, em outubro do ano passado. O MPF pediu à Justiça que obrigasse a União, o estado do Pará e o município a promoverem medidas educativas para combater o racismo contra indígenas no Estado.
A demanda da produção desse material se deu após denúncias registradas pelo MPF/PA mostrarem que atos discriminatórios contra os índios têm sido recorrentes no Estado, principalmente em ambientes escolares ou em meio a disputa pelo direito à terra.
O texto aponta ideias enraizadas na sociedade sobre o povo indígena camufladas de preconceito, discriminação e violência. São citados exemplos como primitivos, aculturados e preguiçosos e o próprio texto contrapõe essas ideias com respostas objetivas e bastante didáticas que desconstroem esses pensamentos.