sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Infopreta: informática para mulheres negras


Descrição para cegos: foto de Buh D'Angelo sorrindo, consertando um computador em seu escritório. É possível ver alguns fios, extensões de energia e notebooks ligados. 
Por Luana Silva

        A Infopreta é uma empresa de manutenção e informática criada por mulheres negras que presta serviços exclusivamente para outras mulheres negras. Foi fundada há cinco anos, em São Paulo, pela estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas Bruna D’Angelo, conhecida como “Buh”. O objetivo do empreendimento é combater a desigualdade, especialmente na área de Tecnologia da Informação.
        O mercado de TI é composto em sua maioria por homens e as mulheres, principalmente as negras, encontram dificuldades para conseguir trabalho. Bruna D’Angelo sentiu isso na pele: desde os 16 anos estuda Tecnologia da Informação, com certificados em Automação Industrial, Manutenção, Eletrônica e Robótica, mas ainda assim, faltavam-lhe oportunidades na área. Diante disso, ela teve a ideia de criar a Infopreta, para se inserir no mercado e ajudar outras mulheres negras.


        A empresa oferece consertos e montagens de computadores, instalação e manutenção de softwares, restauração, backup, criação de sites, entre outros serviços relacionados, assim como cursos de TI para mulheres. O preço cobrado pelos serviços varia de acordo com a situação financeira e social das clientes.
        No começo da Infopreta, Buh D'Angelo não tinha um local fixo para trabalhar, mas conseguiu se estabelecer em um escritório e conta com várias funcionárias. A empreendedora também tem outro projeto: o Note Solidário, que doa notebooks para estudantes negros e pobres que não têm condições de comprar um computador. A iniciativa foi premiada no Women Summit 20, de 2017, promovido pelo G20 na Alemanha.


Um comentário:

  1. As pessoas muitas vezes que sofrem preconceito, reforçam o próprio preconceito que sofreu ou geram outros. A atitude é muito bonita, mas o objetivo deixa a desejar. Por favor, se você é uma pessoa que sofreu muito preconceito na vida, não se feche nele com o objetivo de fortalecer seus sentimentos de exclusão ou de outras pessoas, faça diferente das pessoas que se fecharam para você com os preconceitos que te machucaram, só assim o mundo muda.

    ResponderExcluir

Seu comentário será publicado em breve.