Por Annaline Araújo
O município de Rio Tinto, no Litoral
Norte da Paraíba, sedia a sétima edição dos Jogos Indígenas. São 32 aldeias e
cerca de 1.300 índios nas disputas de oito modalidades: corrida de tora, cabo
de guerra, canoagem, arco e flecha, arremesso de lança, minimaratona, futebol
de campo e futsal. As disputas vão até a próxima terça-feira, na aldeia
Monte-Mor.
O objetivo dos Jogos Indígenas é
fortalecer a união entre as aldeias e enaltecer as raízes. Os atletas reforçam
isso utilizando todos os adereços, como cocar, pintura no corpo e colar.
Além das aldeias de Rio Tinto, também participam
da competição equipes das cidades de Marcação e Baía da Traição. Uma pira feita
de bambu com uma panela de barro acolhe o fogo simbólico dos jogos.
O cacique geral do Povo Potiguara, Sandro Gomes,
ressalta a importância de eventos como esse para reafirmar a identidade
indígena. “Nossa cultura está em primeiro lugar. Um povo sem cultura deixa de
ser um povo”, afirma.
O arco e flecha, por exemplo, é um dos destaques entre as modalidades da
competição. O esporte, inclusive, é disputado nos Jogos Olímpicos com o nome de
tiro com arco. “Para nossa cultura é fundamental essa modalidade. Não usamos o
arco e flecha mais para caça, como usavam os nossos ancestrais. Mas é
importante para enaltecer as nossas raízes” – destaca o índio Gesse Viana.
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