quarta-feira, 14 de maio de 2014

Afinal, somos todos macacos?

      
   
Descrição para cegos: a imagem é uma montagem com diversas fotos de macacos.
Foto: Freepik

    A campanha publicitária “#Somostodosmacacos” continua sendo motivo de repercussão em todo o mundo. A atitude inusitada do jogador do time do Barcelona, o brasileiro Daniel Alves, de comer uma banana que fora jogada no gramado, reacendeu a discussão sobre o racismo. Mas será que nos comparando a macacos, não estaríamos nos segregando dos nossos irmãos brancos, amarelos, ou de qualquer outra cor de pele em questão?
    O racismo é uma via de mão dupla. Existem aqueles que sofrem a discriminação e os que se auto discriminam. Consigo visualizar os dois neste caso. Em um primeiro momento ocorre a discriminação por parte do torcedor do Villareal. O ato de jogar a fruta, fazendo assim referencia ao macaco, afirmando que pessoas que não tem a pele branca são seres inferiores.  Mas devemos aqui fazer uma ressalva: nem todas as espécies de macacos tem a pelagem preta. Assim como nós humanos, existem macacos brancos, pardos e amarelos. Contudo, comprando esta ideia e nos comparando a esses primatas, traçamos assim uma divisão com as outras etnias humanas, e nos excluímos da condição de Homo Sapiens, seres evoluídos assim como todo o resto da humanidade. Não somos diferentes. Somos todos pertencentes à raça humana.
    Apesar de ser um esporte de origem ariana, oriundo da Inglaterra, o futebol teve que se curvar a genialidade do rei Pelé e de tantos outros negros que já desfilaram e até hoje desfilam seus dribles e passes desconcertantes que fazem a alegria de todos os torcedores. Sendo assim, acredito que não somos macacos. Somos humanos e o nosso dever é lutar contra a discriminação racial e mostrarmos que somos todos iguais.

Wanderson Fernandes

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