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Descrição para cegos: foto da ex-ministra Nilma Lino Gomes sorrindo para a câmera |
Por Beatriz Lauria
Nilma Lino Gomes, ex-titular do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, abolido pelo governo Temer, esteve no auditório do Reitoria na terça-feira 13 para uma palestra sobre a atual conjuntura política e social brasileira. Intitulada Universidade, diversidade e cidadania, a exposição da ex-ministra teve início com um questionamento: o que mudou, no Brasil, nos últimos 20 anos?
Em sua fala, a pedagoga enfatizou que o país enfrenta um momento triste para quem luta por emancipação social. A diversidade está sofrendo um processo de hierarquização, "não apenas de poder, mas no modo de ver e considerar o outro", explicou. Para superar isso, Nilma Lino defende a necessidade de rever o conceito de cidadania, enxergá-lo em ação, com garantia de direitos aos sujeitos diferentes.
Durante a sua passagem pelo Ministério, Nilma Lino Gomes foi responsável pela criação de extensões no Disque 100 (Disque Direitos Humanos) que contemplam intolerância religiosa, violência contra a mulher negra, juventude negra e povos ciganos. Essa foi uma das formas de o Estado responder às demandas dos coletivos sociais, afirmou.
Finalizando a sua palestra, Nilma deixou clara a sua posição diante da posse de Michel Temer, reconhecendo-a como um golpe de raça, de classe, de gênero e de postura heteronormativa. Para ela, não é apenas da universidade o papel de dar condições para os sujeitos que se integram no conceito de diversidade, mas sim do Estado, que deve ser público, laico e democrático.
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