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Descrição para cegos: a ilustração traz o mapa da Paraíba com diversas divisões, mostrando os lugares onde estão os quilombos. |
O que
você imagina ao ler a palavra QUILOMBO? Cotidianamente é
comum as pessoas relacionarem as comunidades quilombolas a um local
que abriga negros fugitivos. Essa ideia provém da época da
escravização, mas atualmente não faz tanto sentido.
Como foi
informado na primeira postagem desse blog, a identidade étnica de um
grupo é a base para sua forma de organização, de sua relação com
os demais grupos e de sua ação política. Os fatores comuns definem
a etnicidade de um povo.
Com os
quilombolas não é diferente, pois eles são grupos étnicos que se
formam a partir das relações com a terra, o parentesco, a
ancestralidade e as culturas próprias. As comunidades quilombolas
também podem ser entendidas como um símbolo de resistência
cultural.
A maioria das
comunidades quilombolas estão situadas em zonas rurais de difícil
acesso onde falta água tratada, energia elétrica e, principalmente,
educação. A construção de políticas pedagógicas educacionais
nos quilombos tem que ser efetivada de acordo com as experiências
das pessoas pertencentes àquela comunidade; por exemplo as relações
na família, as tradições culturais e religiosas e o trabalho com a
terra.
Uma lei instituída em
2003 traz uma alternativa para valorização da cultura e da história
quilombola e desconstrói os estigmas relacionados a essa população.
A lei 10.639/03 torna obrigatório o ensino da História e Cultura
Afro-brasileira e a luta dos negros no Brasil e a formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas social, econômica e política pertinentes à História do
Brasil.
Na Paraíba existem 39
comunidades quilombolas identificadas. Destas, 37 são certificadas
pela Fundação Cultural Palmares, que totaliza cerca de 2.500
famílias.
Thais Vital
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