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Descrição para cegos: a ilustração traz a hashtag #CotasSim escrita em letras pretas. O fundo da imagem é da cor cinza. |
Foto: Jude Alves
As cotas raciais são utilizadas para amenizar as
desigualdades sociais, econômicas e educacionais que existem em determinados
países. O país pioneiro na adesão ao sistema de cotas foi os Estados Unidos,
que em 1960 tomou medidas para tentar diminuir a grande desigualdade que havia
entre negros e brancos. Aqui no Brasil só a partir do final da década de 90 foi
que esse assunto entrou em pauta, começou a ser discutido e foi posteriormente
posto em prática. A primeira instituição de ensino no país a adotar tal medida
foi a Universidade de Brasília (UNB), que em junho de 2004 abraçou a bandeira
das cotas raciais, servindo de modelo e apoio para a adesão de outros centros
de ensino superior.
O sistema aqui no Brasil, além de beneficiar os negros,
também reserva uma parte das vagas para os indígenas e seus descendentes. Em
algumas universidades, pessoas pardas também usufruem do benefício. Para uma
pessoa ser beneficiada, além de assinar um termo em que ela autodeclara sua
raça, às vezes é necessário também passar por um tipo de entrevista. E é essa
entrevista que gera uma grande polêmica: O fato de decidir de qual raça o
indivíduo pertence. O assunto acaba deixando brechas para muitas discussões.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC) em um
levantamento realizado em 2013, após a implantação das cotas para os estudantes
que cursam ou que já concluíram o ensino superior, o número de pardos subiu de
2,2% para 11%, e de negros de 1,8% para 8,8%. Ficando atrás apenas da Nigéria,
o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo e é incontestável todo o
déficit que o país tem com essa classe historicamente desfavorecida. E mesmo
não sendo vista por todos como uma ação positiva, as cotas raciais entraram sim
em vigor no Brasil e já estão dando resultado. Os opositores servem para
mostrar que o preconceito no país existe e se apresenta mascarado.
(Jude Alves)
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